Hoje em dia é possível criar chips imensamente potentes. Tão potentes que, se não fossem tomadas medidas preventivas, seriam capazes de se destruírem em poucos segundos devido ao excesso de calor produzido. A potência de processamento de CPU não é limitada unicamente por aquilo que se consegue fazer, mas sim limitado pela energia que consume, e pelo calor que é possível dissipar para garantir que funciona dentro dos parâmetros aceitáveis. Os CPUs mais modernos recorrem ao thermal throttling, ou seja: sempre que a temperatura ultrapassar certos limites o CPU reduzirá a frequência para ir arrefecendo.
Mas há investigadores que propõem uma técnica ligeiramente diferente... que poderá significar que no futuro se tenham CPUs cobertos por cera.
Devido aos sistemas de poupança de energia que "adormecem" partes do CPU sempre que não estão a ser usadas, torna-se mas eficiente ter um CPU que funcione a alta velocidade por breves instantes do que ter um que funcione lentamente ao longo de maior período de tempo. (É um dos motivos que nos permite ir tendo CPUs cada vez mais potentes mas mantendo a autonomia nos equipamentos mobile).
Estes investigadores querem levar o conceito ao extremo, acelerando o CPU para além dos seus limites normais de funcionamento - o que irá causar um aquecimento excessivo - mas usando a cera como "amortecedor térmico". A ideia base sendo a mesma: fazer o máximo processamento no menos espaço de tempo possível, indo para além do que é possível dissipar em uso continuado. Com a temperatura em excesso a ser absorvida pela cera, que depois a irá libertando de forma mais gradual.
Não sei até que ponto os fabricantes estarão dispostos a recorrer a este sistema mais complexo e dispendioso, face à simplicidade da gestão térmica puramente electrónica e sem recurso a componentes físicos extra; mas considerando que os investigadores dizem que este método ainda precisará de mais 5 a 10 anos de desenvolvimento até que esteja apto a ser utilizado comercialmente, ainda teremos muito tempo para avaliar a sua necessidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)