2013/08/14

Operadores de Telecomunicações sem novos Clientes nos EUA


Não há nada que dure para sempre, e nos EUA os operadores de telecomunicações parecem ter chegado ao assustador ponto em que... não há mais clientes que possam cativar. Ainda não chegou mesmo a "zero" novos clientes, mas num mercado em que os novos clientes se mediam aos milhões, ter uma tendência decrescente ao longo dos últimos anos que culmina no último trimestre com apenas 139 mil clientes, é sinal de que as tácticas vão ter que mudar.

Aliás, a grande maioria dos novos clientes que os operadores angariam (cerca de 90%) são já clientes "roubados" a outros operador, o que faz com que não seja uma questão do mercado a crescer mas apenas uma redistribuição dos clientes já existentes pelos diferentes operadores. Considerando que nos EUA, tal como cá, já se dá o caso de haver mais ligações do que pessoas - pois há pessoas que pagam por múltiplos serviços/telemóveis - o potencial para crescimento terá que vir de outros segmentos.

Uma das hipóteses é cativar os clientes para que adiram a mais serviços: como por exemplo, terem tablets 3G/4G para além do smartphone, ou ter os automóveis com ligação à internet. Mas para que isso aconteça será necessário que os planos oferecidos sejam verdadeiramente atractivos. Por cá, são muito poucos os que estão dispostos a pagar para ter acesso a internet mobile repetidas vezes para cada um dos seus equipamentos - optando na maioria das vezes em usar um hotspot mobile que distribui internet para todos os dispositivos (smartphone, tablet, portátil, etc.)

Esperemos que os operadores nacionais estejam atentos a estas evoluções e que percebam que a saturação do mercado é inevitável e que se quiserem crescer vão ter que fazer muito mais que a habitual táctica de manterem tarifário nivelados pelos concorrentes, de modo a "não criarem muitas confusões". (E refiro-me particularmente a tarifários com planos de acesso a dados verdadeiramente interessantes e compatíveis com o nível de vida dos portugueses - não vale a pena oferecerem-nos condições que muitas vezes são menos vantajosas do que as que oferecem noutros países com nível de vida bem superior.)

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