2013/08/16

YouTube no Windows Phone origina conflito entre Microsoft e Google


Poderia parecer saído de um episódio de uma série cómica: o Google pediu à Microsoft que removesse a app do YouTube que tinha criado para o Windows Phone por não cumprir com os requisitos e termos de serviço exigidos (como mostrar publicidade). A Microsoft assim fez, e passado algum tempo, disponibilizou uma nova app que já mostra publicidade, e já não deixa fazer downloads, e tudo parecia estar resolvido... Mas novamente o Google bloqueou o acesso da app ao YouTube dizendo que a Microsoft continua a não cumprir com os requisitos.

A Microsoft vem agora para a praça pública queixar-se de tratamento desigual e discriminação por parte do Google, e dizendo que os argumentos apresentado são uma "treta". Segundo a MS, o Google queria que a app fosse desenvolvida em HTML5, mas depois de considerarem essa hipótese, a MS considerou que não seria a melhor opção: e apresentado como exemplos o facto de nem a app do YouTube para Android nem a do IOS serem feitas em HTML5, mas sim nativas. Mas, uma vez que no caso do Windows Phone a app não é desenvolvida pelo próprio Google (que em tempos disse não ter qualquer interesse em fazer fosse o que fosse para a plataforma Windows Phone), a MS teve que "desenrascar" a apresentação de anúncios da melhor forma que conseguiu - mas que o Google diz nem sempre seguir as regras de apresentação como deveria.

A Microsoft pede apenas que lhe seja facultada a informação necessária para que possa cumprir com todos os requisitos, tal como as apps do Google do YouTube fazem nas restantes plataformas.


Que o Google não queira fazer nada para ajudar o Windows Phone... é compreensível. Mas recorrer a este tipo de técnicas parece-me ir completamente contra o tal lema de "do no evil" a que se queria associar em tempos. Em vez de estarem com estas "novelas", que assumam de uma vez por todas - e publicamente - de que o Windows Phone é "plataforma non-grata", e bloqueiem todo o tipo de acesso aos seus serviços: Google, Gmail, etc. etc. etc. Assim os utilizadores sabem com que podem contar, e não precisam ficar sujeitos a estas manobras, quer sejam a favor de um lado ou do outro.

O que me parece é que depois de tanto se ter criticado a Apple por ter um ecossistema demasiado fechado... me parece que nos encaminhamos para um futuro onde a verdadeira plataforma fechada será o próprio Google (parte desse futuro já está connosco hoje: ora tentem ir à app do Google+ e partilhar algo para outra rede "externa" como Facebook ou Twitter? Até para enviar por email será algo desconhecido da maioria dos utilizadores.)

21 comentários:

  1. "a MS teve que "desenrascar" a apresentação de anúncios da melhor forma que conseguiu - mas que o Google diz nem sempre seguir as regras de apresentação como deveria."

    Finalmente consegui perceber o que se passava: a app da Microsoft não apresenta os anúncios do YouTube exatamente de acordo com as regras fixadas pela Google.

    Não percebo a razão do alarido. Quando a Google negoceia com um cliente: "Em cada cinco gajos que vejam o vídeo da irmã do Ronaldo (é cantora) um é obrigado a ver o seu anúncio, pelo menos o princípio. Por cada 1000 anúncios vistos você paga x". No fim: "Houve cinco mil visualizações do vídeo, o anúncio foi visto por mil pessoas, passe para cá o x" (não sei quanto recebe a irmã do Ronaldo, provavelmente nada).

    Agora, aparece a Microsoft com o seu YouTube e diz a Google ao cliente: "Houve 500 que usaram a app da Microsoft, mas está bagunçada, não conseguimos saber quantos viram pelos menos um bocado do seu anúncio. Já exigimos aos gajos que resolvam isso".

    Anúncios são dinheiro e com o dinheiro não se brinca :)

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    1. Mas a questão é que o Google não está a dar à MS forma de o poderem fazer.

      Para mim é o equivalente a terem forçado a MS a colocar o tal ecrã de selecção de browsers para que não impingisse o IE com todos os Windows; e considerando que o YouTube tem também o "monopólio" dos vídeos na Internet, deveria também ser obrigado a dar acesso a todos.

      Sinceramente, fico triste é que se chegue a tais situações, que poderiam facilmente ser resolvidos com boa vontade e sem prejuízo para nenhuma das partes. O Google nem precisa gastar recursos, pois a MS é que tem interesse em criar a App; basta que lhe dêem a informação necessária para mostrar/contabilizar os anúncios como fazem nas restantes apps.

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    2. Tenho uma pulga atrás da orelha quanto à questão do dinheiro dos anúncios dos serviços Google. Então os meus clientes - os que usam o iOS e o Windows Phone vão dar a ganhar dinheiro à Google quando vêem vídeos no YouTube e eu (Apple ou Microsoft) não recebo nada ?

      Está confirmado que a Google paga à Apple para cima de um balúrdio só para ter o Google Search predefinido no Safari do iOS e, em cada pesquisa, poder apresentar os seus anúncios.

      E nos anúncios do YouTube não paga nada à Apple e, agora, à Microsoft ? Os desentendimentos entre a Google e a Microsoft não têm nada que ver com dinheiros ?

      Isso, que diz um e o outro, de "queremos dar aos nossos utilizadores as melhores experiências", tem uma segunda derivada.

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    3. Carlos, desculpa lá mas YouTube não tem nada de monopólio. Quem quiser usa/vê e quem não quiser não usa/vê. Simples.
      No caso do IE/Windows era (e provavelmente ainda é) impossível dissociar os dois mesmo que optasses por outro browser.
      E lembra-te de uma coisa, foi a própria MS quem por força da sua poderosa propaganda e lobbies forçou o mundo inteiro a comprar computadores com SO incorporado - claro que DOS/Windows!
      E DOS = MS/DOS, já que também se encarregou de matar os outros.
      Para além disso bastava ter este monopólio para que praticamente fosse obrigatório o uso de IE já que também forçaram o mundo digital a seguir tal abominação tornando todos os outros browsers completamente incompatíveis com a "tecnologia" da MS. E mais uma vez a MS se encarregou de matar todos os concorrentes e se não fosse a pesada derrota que sofreu na UE ainda hoje estaríamos num mundo IE compatível!

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  2. Juro que não percebo tanta critica e ataque á Google da tua parte Carlos.
    Então o Youtube não é propriedade da Google? A Microsoft só tem que respeitar a propriedade dos outros, e para quem defendia a SOPA e PIPA e queria lançar uma Xbox One com requisitos estupidamente restritivos para DRM esta insistência em criar uma app que acede um serviço de outros sem respeitar os desejos e direitos do proprietário é ofensivo.

    Porque é que não apresentas as coisas nessa perspectiva?
    Além do mais a Google já disse que não vai desenvolver apps para o Windows Phone enquanto este não tiver uma quota de mercado significativa. Algo que ainda não tem. E também não desenvolveu apps para a Blackberry logo não é algo exclusivo dos Windows Phones.

    Já as tuas críticas a terem encerrado o Messenger com o update da app do G+ são estúpidas porque quando a Google lançou os Hangouts afirmou claramente que era para unificar todas as plataformas de messaging que tinham (Talk, Messenger, Hangouts...).

    Não percebo este sentimento de que a Google te deve alguma coisa quando providenciam serviços gratuitos. Não gostas das mudanças muda-te. Mas as outras companhias também fazem mudanças (Apple no iOS, iCloud, etc; MS no Outlook, no Office agora estar associado ao Skydrive e quando lançou o Ribbon UI, o Metro UI no Windows 8; as mudanças de visual do Facebook; as mudanças e fecho de serviços na Yahoo...).

    Já chateia ver-te constantemente só a criticar a Google quando está a defender a sua propriedade de uma companhia com um historial de práticas monopolistas e de destruição da concorrência (vai perguntar á Corel por exemplo, ou ao Netscape...).

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    1. O objectivo é precisamente tentar fazer com que as pessoas olhem para as coisas das várias perspectivas.

      Que a MS é "crucificada" por tudo o que faz, já todos sabemos. Tem muitos motivos para isso, e não me cabe a mim defendê-los - mas preocupa-me que muitas pessoas olhem para o Google como sendo uns "santinhos", e achem perfeitamente normal depender deles para tudo e mais alguma coisa (e ainda por cima, com essa mesma ilusão de que "é de borla, não podemos reclamar").

      Lá por alguém me oferecer algo, não me impede de pensar um pouco sobre porque motivos o farão - e já o ditado diz "que ninguém dá nada a ninguém".

      Quanto a ficares chateado pelas "críticas constantes ao Google"... não percebo, quando ainda ontem fiz grande exposição a defender o Google numa situação que me pareceu ser injusta.

      Penso que vai precisamente de encontro ao meu objectivo de tentar fazer com que as pessoas se questionem sobre algumas coisas que tomam como "garantidas".

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    2. "mas preocupa-me que muitas pessoas olhem para o Google como sendo uns "santinhos", e achem perfeitamente normal depender deles para tudo e mais alguma coisa (e ainda por cima, com essa mesma ilusão de que "é de borla, não podemos reclamar")." - ou seja preocupa-te a existência de fanboys? E não te preocupa a existência de fanboys de outras marcas/empresas? Só da Google? Eu sei que de vez em quando também criticas os outros mas nunca te vejo a escrever tanto e tão ultrajadamente quando a MS faz coisas semelhantes, ou a Apple ou outros.

      Quanto aos serviços da Google, tens mil e uma alternativas para todos eles. Se quiseres usa-os! Ninguém te força a usar o Blogger, muda para Wordpress. G+, usa o Facebook ou Twitter, Maps também tens mil e uma alternativas, e por aí fora. Até em Android tens alternativas não Google (Amazon). E ninguém te diz que não podes reclamar, apenas que se torna cansativo reclamações constantes e infundadas.

      E neste caso a reclamação é infundada. O Youtube é da Google e eles é que ditam as regras que querem. A Microsoft anda a ver se hostiliza os consumidores contra a Google - este é um dos pilares dessa estratégia vitimizando-se e dizendo que a Google não lhes permite lançar uma app do Youtube para Windows Phone quando nem sequer seguem as regras definidas pela Google (e mesmo que seguissem a Google tem todo o direito de bloquear a app porque não foi feita por eles). E outro dos pilares é a campanha Scroogled.

      Por isso em vez de atacares a Google neste caso podias muito bem ter assumido uma postura mais neutra e expor a versão de ambos os lados em vez de apenas um (o da Microsoft) e se calhar dar na cabeça á Google e Microsoft porque do que se trata aqui é de uma guerra entre as duas companhias.

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    3. Sempre critiquei tudo o que achei ser criticável, mas não tenho culpa que as pessoas tenham memória selectiva - acho que bastará o facto de já me terem acusado de se fanboy apple, e fanboy android/google, e fanboy MS, e simultaneamente anti-Apple, e anti-Google, e anti-MS. Portanto, acho que isso fala por si.

      Acho piada que refiras "...reclamação é infundada. O Youtube é da Google e eles é que ditam as regras que querem." Mas depois aparentemente fiques incomodado quando é a Apple a seguir essa mesma lógica obtusa - ou quando a MS não pode fazer isso, por ser considerado prática monopolista abusiva (que tal se decidissem que o Windows não pudesse aceder a nenhum serviço do Google, é deles, podem ditar as regras, certo?)

      Há que perceber que todas as empresas têm como objectivo fazer dinheiro, e todas elas têm atitudes nem sempre lá muito recomendáveis.

      Mas há também que reconhecer que neste caso estão a criar um enorme reboliço por algo completamente evitável e que seria facilmente resolvido - sem prejuízo para nenhuma das partes - se houvesse um mínimo de boa vontade por parte do Google.

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  3. Para a Microsoft só tenho uma coisa a dizer: "Karma's a bitch!"

    Quanto à Google, não podem tentar adulterar o ganha pão deles(ads) senão obviamente que vão ser bloqueados.

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  4. Não tomes isto como um ataque pessoal mas sim como uma crítica construtiva - só leste/ouviste um lado da questão.
    E esse lado é provavelmente aquele em que existem as maiores dúvidas principalmente se atenderes ao facto do autor ser nem mais nem menos que o chefe da litigação da MS!
    Não vou defender a Google porque nos últimos tempos tem tomado algumas posições que, segundo o meu ponto de vista, vão contra aquilo que apregoam mas se fecharam/mudaram alguns serviços gratuitos (note-se gratuitos apenas para comparação com o que vem a seguir) a MS também o fez e muito mais grave com serviços pagos e bem pagos embora os habituais meios de comunicação se terem "esquecido" de mencionar tal prática.
    Outra questão que este personagem aflora tem a ver com uma eventual averiguação por práticas anti-concurrenciais esquecendo-se contudo de mencionar que foi precisamente ele/MS quem se queixou cobardemente escondidos atrás de um proxy financiado por eles!

    Regressando ao assunto em questão, pelo menos por aquilo que tenho lido noutros lados que não a oficial posição da MS na verdade a MS não fez absolutamente nada para compatibilizar a app com aquilo que YouTube/Google exigia - apenas tornou a promover a app anterior conforme se encontrava quando foi retirada.
    Assim, do outro lado da questão já houve uma resposta e essa resposta contraria tudo o que a propaganda da MS diz, como se pode ler em "Reg", por exemplo:
    "and we've been working with Microsoft to build a fully featured YouTube for Windows Phone app, based on HTML5. Unfortunately, Microsoft has not made the browser upgrades necessary to enable a fully-featured YouTube experience, and has instead re-released a YouTube app that violates our Terms of Service."

    Como tu disseste numa recente intervenção na ml a vida não é apenas a preto-e-branco. Dei-te toda a razão mas aqui nesta notícia nem sequer a preto-e-branco é - tem apenas uma cor e sem qualquer sombra de dúvida é a cor que a MS quer e mais nenhuma.
    Aliás, comprovando o facto que a MS está a mentir descaradamente, também o "Reg" menciona isto:
    - "All third-party YouTube apps are expected to use the HTML5 API, and with the exception of Microsoft's, all of them do – including the apps for BlackBerry, PlayStation, and every smart TV or Blu-Ray player that offers YouTube."

    http://www.theregister.co.uk/2013/08/16/windows_phone_youtube_app_round_3/

    Portanto, se a Google construiu nativamente as duas aplicações e para já não quer intervir em mais nenhuma, está no seu pleno direito e mais direito lhes assiste quando cedem de forma claríssima e aberta as ferramentas para todos os outros o fazerem. A Microsoft não quer que assim seja apenas porque lhes convém!?
    Problema deles. Ainda se julgam os donos-do-mundo digital ou quê para, o mais hipocritamente imaginável, EXIGIR aos outros que se submetam à sua decadente vontade!?

    (continua)



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    1. Tens aí várias imprecisões. Há muitas outras apps que fazem exactamente o que a MS está a fazer "dando a volta" às API que o Google/YouTube disponibilizam, nomeadamente a maioria das mais populares para iOS.

      "I use an undocumented API as the HTML5 API is having some drawbacks," explains Muhammad Bassio, the developer of third-party YouTube iOS app Tuber. Bassio claims YouTube's HTML5 API isn't popular with other third-party iOS developers. "The ones I know don't seem to use the HTML5 API, as they play the videos natively in a custom player," says Bassio, citing Jasmine, McTube, ProTuber, TubePlayer, and YouVids as all using workarounds"

      http://www.theverge.com/2013/8/16/4627342/microsoft-google-battle-over-youtube-windows-phone

      Ou seja, só por aí já cai por terra a suposta "certeza" do The Register. E mostra que as exigências do Google afinal são mais "iguais" para uns que para outras.

      Mas volto a dizer, isto é daquelas situações onde ambos os lados mereciam uma chapadona, e ninguém saia da sala até se entenderem. ;)

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    2. Quanto ao título, o "origina um conflito deveria conter "origina mais um conflito". Os conflitos vem de longe, muito longe, e até há pouco tempo apenas unilateralmente. Tanto que Google se viu obrigado a comprar patentes para se proteger dos múltiplos ataques que a MS constantemente promovia/promove. Só que provavelmente nem se dá conta pois a MS esconde-se cobardemente através de proxies como FairSearch, BSA, IV ou mais recentemente Vringo. Sobre esta última, repare-se que ganhou repentinamente um enorme portefólio vindo da Nokia gerida pelo cavalo-de-tróia Elop e de imediato intentou uma acção contra Google. Ainda sobre a Nokia, é bom referir que houve uma parte destas patentes que também foram parar às mãos da MS e Apple, através de Vringo!
      Para além disto, existe ainda a célebre exigência de pagamento por patentes que (ninguém sabe) são infringidas pelo Android. O único verdadeiro teste seria a MS accionar judicialmente a própria Google mas todos sabem que nunca fará tal coisa mas pela amostra da Barnes & Noble, a única até ao momento que se recusou a pagar, a MS ver-se-ia em muitos maus lençóis pois como foi tornado público a MS desistiu das queixas e pagou umas centenas de milhões à B&N para ficarem calados.
      Portanto, em questão de conflitos a MS ganha por triliões de pontos face a Google. E para quem não perceber porque menciono tais factos basta recordar quem é actualmente o principal instigador destes ataques - David Howard Corporate Vice President & Deputy General Counsel, Litigation & Antitrust, Microsoft!
      Exactamente, o personagem que agora se queixa no blog oficial da própria MS. Sem direito a contraditório!
      Que hipócrita!

      Em resumo, não te acusando de nada pois conheço-te o suficiente para saberes que estás de boa-fé, registar aqui uma "queixinha" de apenas uma das partes expressa no próprio blog oficial dessa parte sem direito a defesa por parte dos visados nem tampouco comentários não é a melhor forma de expor correctamente o problema e na minha opinião poderias actualizar a notícia com aquilo que Google tem a contrapor. Ok, também será uma opinião biased mas pelo menos equilibra as forças em conflito.

      @braço.

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  5. A Google é proprietária do YouTube ?
    Mas o YouTube não é uma rede social ? Os proprietários dos vídeos não são quem os lá pôs ?

    Alguém sabe como é repartido o dinheiro da publicidade do YouTube ?

    A Google pagou, em 2006, 1650 milhões de dólares pelo YouTube. Durante vários anos tirava de lá pouco. Agora quer rentabilizá-lo ao máximo. Simplesmente proibiu que as app que guardavam os vídeos em cache para uma visualização futura deixassem de o poder fazer. Se quiser mostrar um vídeo a cinco pessoas tenho que aceder cinco vezes ao YouTube, gastando cinco vezes o tráfego de dados. Isto por causa de assim poder ver cinco anúncios em vez de um.

    A Google está a ficar cada vez mais gananciosa, só não vê quem não quer. O "Don't be evil", que era o lema da Google está a ser bastante questionado.

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  6. Não usam porque não gostam ou outros não utilizam!?
    Problema deles.
    Usam uma API não documentada!?
    Apenas porque os conhecidos o fazem?
    E quem tem culpa?
    Google?
    Bolas!
    Ainda há dias torci um pé ao descer um passeio justamente devido ao mau desenho/inclinação do mesmo. Quem tem a culpa?
    Quem desenhou mal ou eu que deveria ter mais cuidado e evitar tal desastre?
    E era facilmente evitado caso tivesse optado por ir no lado contrário ou tivesse seguido outra via.

    O que é facto é que Google disponibiliza uma API perfeitamente aberta e muito bem documentada para quem quiser usar. Como tal, não invalida absolutamente nada do que foi dito em "The Register" nem tampouco como prova de qualquer imprecisão da minha parte.
    Todos sabem que existe uma enorme resistência para com tudo o que é novo e mude de alguma forma com o existentes mas desculpas esfarrapadas como a mencionada não augura nada de bom quanto a inovação e cumprimento dos verdadeiros standards.

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    1. Ah!, e quanto às chapadonas, achas que sim? :-)

      Aquilo para os lados da MS é só Sires, comendas à fartazana, tapetes vermelhos em todo o mundo, conferências económicas com os líderes do mundo, poderosíssimos lobbies, vultosos pagamentos a meios de comunicação e apregoados "analistas", etc., etc.. Achas que no estado actual alguém se mete com eles ou que tudo mudou desde a farsa que foi o julgamento nos EUA?

      Pessoalmente, penso que a questão se resolvia rapidamente e sem grande alarido como tem acontecido usualmente na "Europa" - comité de averiguações em cima e pesadas multas e estava tudo resolvido.

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    2. É só para demonstrar que aquilo que o Google disponibiliza não é assim tão "suficiente" como eles dizem - ao ponto de a maioria dos developers ser obrigado a se "desenrascar" - sem aparentes consequências por parte do Google, até ter sido a MS a fazê-lo.

      Se a API fosse assim tão boa, porque motivo se dariam os *developers* ao trabalho de ter que arranjar truques para as suas apps funcionem - achas que gostam de ter trabalho extra só por divertimento?

      Só mostra que o argumento da MS não é assim tão descabido (e dava-te razão, se a MS fosse a única a ter esta atitude e todas as outras app de terceiros seguissem as ditas regras - mas como fica demonstrado, o caso é precisamente o oposto, com a MS a ser apenas mais uma que chama a atenção para o facto da API não ser grande coisa, e tendo todas aquelas outras apps para corroborar essa afirmação).


      Podes dizer-me que é precisamente o mesmo tipo de coisa que a MS estava a fazer no RT, ao nao dar acesso às API para que outros developers fizessem browsers verdadeiramente "nativos" (tal como a Apple também impede no iOS) - e sim, são coisas que igualmente critico, apliquem-se a que "marca" for.

      Mas neste caso, e embora se possa enquadrar este episódio em toda a vasta guerra de parte a parte, e mesmo vindo do "hipócrita" que vem... há que considerar que desta vez até podem ter razão.

      (Mas não invalida que terão manobrado a questão também de forma a fazer com que se ficassem a jeito para ficar melhor vistos face ao Google - como lançarem a app antes de terem a aprovação do Google, sabendo muito provavelmente que o Google acabaria por cortar o acesso novamente).

      Como disse, há muito que criticar... mas quem se lixa acaba por ser quem nada tem a ver - ou sequer se quer chatear - com estas questões: os utilizadores finais.

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    3. Olha que o Google pode não gastar dinheiro em tapetes vermelhos, mas também tem o seu aeroporto privado, e o Eric até tem a sua "sex-penthouse" em Manhattan que mandou insonorizar completamente. ;)

      Quando estas empresas chegam aos "bilhões"... penso que é inevitável distanciarem-se da realidade do resto do mundo.

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    4. Ter aquilo que tem e querem é uma coisa totalmente diferente de governos estenderem-lhes o tapete vermelho...
      A API é verdadeiramente boa e totalmente aberta. Só que quando se trata de "developers" a razão tem razões que a própria razão desconhece mas, agora deu-me um Flash, provavelmente não andará muito longe de resistência à mudança aliada aquilo que hoje em dia estes "magos" executam - pegam no existentes remendam algo e toca a andar. Ou ainda mais grave quando pegam em bocados daqui e bocados dali e unem tudo com cuspo...



      @braço.

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    5. Até poderias culpar a preguiça dos developers, não fosse o próprio Google não fazer aquilo que apregoa: as apps oficiais deles não são em HTML5; e não disponibilizam "abertamente" aquilo que eles próprios usam nas suas apps.

      Se estão no seu direito de o fazer? Claro que sim. Mas então que digam de uma vez por todas: não queremos que outros usem isto (como o Twitter tem feito, a fechar a pontapé quem usa as suas API de forma que eles não gostam - e a limitar o que apps externas podem fazer e quantos utilizadores podem ter no máximo).

      Só digo é que em vez de ver o mundo a evoluir no sentido cada vez mais aberto e inter-operável, me sinto cada vez mais num mundo onde cada vez temos mais caixas "fechadas". Amazon com a Amazon App Store; Apple idem; Google idem; MS idem.

      Pode ser que o Firefox OS venha servir como um balde de água fria e relembrar que é possível fazer-se as coisas de forma diferente. Espero *mesmo* que sim...

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    6. Só em jeito de "desafio para pensamento"... Já imaginaram o que seria daqui por alguns anos, termos o Google e a MS em posições invertidas quanto às tácticas monopolísticas e ao "do no evil"?

      (Não estou a insinuar que tal aconteça - só mesmo para imaginarem por alguns minutos nas implicações que tal coisa teria, num universo alternativo que... esperemos nunca se vir a concretizar! :)

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    7. Google e MS em posições invertidas!?
      Google sinceramente não sei mas pode ser possível. Agora a MS no papel de Google!?
      A MS conhece apenas um caminho - destruir tudo e todos que lhe façam frente seja de forma for. Aliás é bem visível quando vem um palhaço especialista em litígios explicar as razões na sua essência técnicas neste novo conflito - não achas isto estranho?
      Nem é preciso pensar muito - um predador no nível mais baixo pode eventualmente chegar ao topo mas um predador de topo quando descer algum degrau morre à fome.

      E já agora, no referente a tácticas monopolistas anti-concorrenciais este personagem da MS sabe bem o que isso é e se tivessem o mínimo de razão já teriam feito queixa directamente e não cobardemente através da financiada Fairsearch. Não o fazem porque seguramente reconhecem que não tem razão nenhuma.

      Aproveito para responder à questão das duas aplicações iOS/Android não usarem a API html5 - não usam porque as outras já se encontram feitas e provadas há largo tempo mas não tardará muito a usar a mais recente. Já agora uma questão:
      - já te apercebeste que WP já leva quase 3 anos de vida e muitos mais de desenvolvimento?
      É que se te apercebeste, os génios-da-lampa-fundida de Redmond esqueceram-se de YouTube. Se naquela altura tivessem pensado nesse "pequeno" pormenor sabes qual era a API que Google cedia livre e aberta?
      Provavelmente olharam para o umbigo de Ballmer que se ria a bandeiras despregadas da Apple/iOS/iPhone.
      YouTube no WP?
      Isso é surf ou quê?
      Zune, Zune, Zune...

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