2013/09/20

Calico - o Google em busca da Imortalidade?

Não é a primeira vez que o Google estende as suas área de interesse à medicina e saúde. Depois de já ter tentado recolher DNA de "todo o mundo", agora é a vez de criar uma nova empresa: a Calico. Uma empresa que se dedicará à saúde e em particular a inevitável questão do envelhecimento.




Será impossível não associar esta nova empresa à contratação de um tal senhor chamado Ray Kurzweil, proponente da Singularidade, e que nos coloca a perspectiva da evolução tecnológica estar a chegar a um ponto em que, para todos os efeitos, terá um crescimento exponencial que possibilitará "tudo", incluindo a muito desejada "imortalidade", seja por via biológica ou tecnológica.

É uma ideia que certamente conseguirá a atenção de todas as pessoas de poder, que por muito que vivam acima dos restantes 99.9% da população mundial, têm que se confrontar com aquele pequeno detalhe comum a todos: a morte. Por muito poder e biliões que tenham, uma simples doença é capaz de mostrar que há coisas para além do seu controlo. A perspectiva de se chegar a um ponto onde até isso fosse ficar sob o seu controlo não deixa de ser assustadora, a todos os níveis - a começar pela questão do: será que quem for "rico" poderá viver para sempre, mas o resto da população não? Ou como imaginar o insustentável futuro onde ninguém morresse?

Será que um dia destes, em vez de estarmos a pagar uma mensalidade para expandir o espaço do Google Drive, estaremos a pagar para expandir a nossa vida por mais alguns anos?

Para um empresa nascida de um motor de busca, parece que agora a busca vai bem para além do que se pode encontrar na internet.

2 comentários:

  1. Um pouco indirectamente, faz-me lembrar o filme Elysium e fico um pouco preocupado.

    ResponderEliminar
  2. Eu acho que não há nenhum motivo para preocupações. Um mundo onde ninguém morresse", seria um falso problema porque as coisas sempre se podem adequar á situação atual. Basta ver que a taxa de natalidade hoje em dia já é cada vez mais baixa. Num mundo onde as pessoas vivessem mais tempo ou para sempre, seria desnecessário haver natalidade e esta tenderia a ser proporcional. Até porque as pessoas por serem mais velhas (embora num corpo jovem) teriam, menos interesse em se reproduzir... Claro que os moralistas (sempre tão previsíveis e pindéricos de espirito) poderão aproveitar para dizer que um mundo assim onde ninguém nascesse só podia ser um mundo de pessoas velhas e egoístas, um mundo sem renovação nem esperança, blabla bla... mas, como se costuma dizer, "os cães ladram mas a caravana passa", que neste caso quer dizer que a evolução nunca pára, por mais que protestem os tolos!

    ResponderEliminar