Não é a primeira vez que o Google estende as suas área de interesse à medicina e saúde. Depois de já ter tentado recolher DNA de "todo o mundo", agora é a vez de criar uma nova empresa: a Calico. Uma empresa que se dedicará à saúde e em particular a inevitável questão do envelhecimento.
Será impossível não associar esta nova empresa à contratação de um tal senhor chamado Ray Kurzweil, proponente da Singularidade, e que nos coloca a perspectiva da evolução tecnológica estar a chegar a um ponto em que, para todos os efeitos, terá um crescimento exponencial que possibilitará "tudo", incluindo a muito desejada "imortalidade", seja por via biológica ou tecnológica.
É uma ideia que certamente conseguirá a atenção de todas as pessoas de poder, que por muito que vivam acima dos restantes 99.9% da população mundial, têm que se confrontar com aquele pequeno detalhe comum a todos: a morte. Por muito poder e biliões que tenham, uma simples doença é capaz de mostrar que há coisas para além do seu controlo. A perspectiva de se chegar a um ponto onde até isso fosse ficar sob o seu controlo não deixa de ser assustadora, a todos os níveis - a começar pela questão do: será que quem for "rico" poderá viver para sempre, mas o resto da população não? Ou como imaginar o insustentável futuro onde ninguém morresse?
Será que um dia destes, em vez de estarmos a pagar uma mensalidade para expandir o espaço do Google Drive, estaremos a pagar para expandir a nossa vida por mais alguns anos?
Para um empresa nascida de um motor de busca, parece que agora a busca vai bem para além do que se pode encontrar na internet.
2013/09/20
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Um pouco indirectamente, faz-me lembrar o filme Elysium e fico um pouco preocupado.
ResponderEliminarEu acho que não há nenhum motivo para preocupações. Um mundo onde ninguém morresse", seria um falso problema porque as coisas sempre se podem adequar á situação atual. Basta ver que a taxa de natalidade hoje em dia já é cada vez mais baixa. Num mundo onde as pessoas vivessem mais tempo ou para sempre, seria desnecessário haver natalidade e esta tenderia a ser proporcional. Até porque as pessoas por serem mais velhas (embora num corpo jovem) teriam, menos interesse em se reproduzir... Claro que os moralistas (sempre tão previsíveis e pindéricos de espirito) poderão aproveitar para dizer que um mundo assim onde ninguém nascesse só podia ser um mundo de pessoas velhas e egoístas, um mundo sem renovação nem esperança, blabla bla... mas, como se costuma dizer, "os cães ladram mas a caravana passa", que neste caso quer dizer que a evolução nunca pára, por mais que protestem os tolos!
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