Qualcomm junta-se à concorrência nos carregadores sem fios

Não sei se a Qualcomm lê o Aberto até de Madrugada, mas se não o faz pelo menos parece estar consciente de um dos maiores entraves a uma maior adopção dos carregadores wireless: a existência de múltiplos sistemas incompatíveis entre si. A Qualcomm é o membro fundador da Alliance for Wireless Power (A4WP) que promove um sistema de electricidade sem fios; mas surpreendentemente juntou-se também à Wireless Power Consortium (WPC), um grupo "rival" que promove e comercializa o sistema Qi (usado no Nexus 4, Lumias, LGs, etc.


Quererá isto dizer que poderá estar para breve uma unificação e a criação de um standard verdadeiramente universal para carregamento wireless? Esperemos que sim; já que muito há ainda por fazer.

O sistema Qi já se vai tornando popular, mas tem ainda muitas limitações na sua implementação actual - como uma potência máxima de 5W (insuficiente para os dispositivos mais gastadores, como tablets ou portáteis), e ainda sofre um bocado se o equipamento a carregar não estiver adequadamente alinhado com o carregador (não podem simplesmente "deixá-lo à balda" em cima da superfície de carregamento).

Mas, está já a trabalhar-se nas futuras versões, com ressonância magnética, permitindo potências superiores e maiores distâncias de transmissão. Ainda assim, há diferenças entre as propostas apresentadas por ambos os grupos: a A4WP aposta num sistema onde seja possível carregar múltiplos equipamentos diferentes simultaneamente numa mesma base; enquanto o WPC aposta no carregamento de um equipamento de cada vez, para maior eficiência de transmissão de energia.

Embora actualmente esteja mais atraído pelo Qi (por ter um Nexus e ser uma tecnologia que já está disponível hoje mesmo), confesso que a proposta da A4WP me parece mais lógica para o futuro - poder chegar a casa e pousar as tralhas todas na mesa e saber que estão a ser recarregadas, em vez de ter que me preocupar de pôr cada coisa numa área específica.

Vamos lá ver no que isto resulta... mas esperemos que seja no sentido da unificação e criação de um único standard em vez de cada um querer criar o seu... e ninguém apostar nestas tecnologias até que esteja decidido um vencedor.