2013/10/01

Processo da Apple Invalidado por vídeo de Steve Jobs


Por vezes - mais do que as que seriam desejadas - temos visto casos absurdos de processos sobre patentes que registam coisas completamente lógicas e óbvias. Uma delas é referente ao efeito de "bounce back" que existe no iOS, e que estava a ser usado para processar a Motorola e Samsung na Alemanha. Seria um caso caricato só por si, mas que se torna ainda mais caricato por ter sido invalidado devido a um vídeo da própria Apple com Steve Jobs.

O vídeo em questão é o da apresentação do iPhone no início de 2007, onde se pode ver esse efeito em acção - sendo que a patente sobre o mesmo apenas foi pedida cinco meses mais tarde. Nos EUA, isso não causa grandes problemas pois os inventores têm um ano após a invenção para apresentar uma patente, mas noutros países tal não acontece. Isso faz com que, na Alemenha, a patente possa não ser considerada válida pois o processo já tinha sido mostrado publicamente anteriormente - mesmo tendo sido pela mão do próprio Steve Jobs.

Podem ver o subtil efeito do bounce back aos 32:40 no seguinte vídeo, durante o scroll da galeria de fotos. Se tiverem tempo, não deixa de ser bastante interessante revisitar esta apresentação do iPhone, para verem quanto das muitas coisas que agora se tomam como garantidas, só o passaram a ser depois desta apresentação - numa altura em que muitas pessoas se riam perante a perspectiva da Apple lançar um telemóvel... e sem teclas! (Mas mesmo assim, e por muito que lhe seja devido... há limites ao que se deveria permitir patentear.)



5 comentários:

  1. A McDonald's é que também parece ter aí patente ;P

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  2. Isto surge pela primeira vez logo aos 16:30, na altura em que o Steve Jobs está a mostar o scroll das músicas na app Ipod. Aliás, ele refere especificamente o termo "rubberband" para descrever o efeito.
    Esta é daquelas coisas em que eu acho que se justifica uma patente, porque se trata de um efeito visual distintivo e identitário, para já não falar de todos os recursos técnicos necessários para o fazer, sobretudo ao nível do entendimento da física das colisões elásticas e da elasticidade em geral.

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  3. "para já não falar de todos os recursos técnicos necessários para o fazer, sobretudo ao nível do entendimento da física das colisões elásticas e da elasticidade em geral"

    A trivialidade de fazer isto programaticamente é tão ridícula que nem vale a pena comentar....

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    1. Penso que o meu primeiro programa a sério (depois dos habituais "10 Print "Nome"; 20 GOTO 10) foi um que desenhava as órbitas de planetas segundo as leis de Kepler - e já nessa altura um amigo meu tinha feito um joguinho que era uma bola elástica a saltitar sobre obstáculos. Isto era feito num Spectrum, com CPU a 3.5Mhz e 48KB de RAM... :)
      (Acho que o pessoal subestima as capacidades das máquinas que temos hoje em dia. :)

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    2. e pior aqui nem há colisões é a penas uma easing curve on realesse

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