2013/10/31

Quando a "Cloud" falha e permite que um estranho apague os nossos dados


Há cada vez maior número de pessoas que confia os seus dados à "cloud". A conveniência de ter os dados sempre disponíveis em qualquer lado, em qualquer equipamento, e até sincronizados entre várias máquinas e pessoas é realmente atractiva e funcional... a não ser quando corre mal. Como se sentiriam se ao tentarem entrar na vossa conta da "cloud" - neste caso o box.com - descobrissem que a vossa conta tinha desaparecido sem deixar rasto?

É um relato insólito, que surge como culminar de um conjunto de factores que não será provável acontecer a muitas pessoas, mas que serve para alertar para os perigos da confiança (ou dependência) na dita cloud.

O que se passou neste caso, foi que a conta de um utilizador individual foi erradamente associada e agrupada a uma contra empresarial (pelo simples facto de haver uma pasta partilhada com alguém dessa empresa), e passando a ficar sob o controlo dessa empresa, com a qual o utilizador não tinha qualquer relação a não ser um caso de partilha ocasional de ficheiros de trabalho.

Quando o responsável pela conta viu alguém "desconhecido" na lista de utilizadores, não perdeu tempo a eliminá-lo... dando origem a este caso.

Felizmente, neste caso a conta da Box.com era usada apenas para partilha de imagens para artigos, coisas que podiam ser facilmente recuperadas ou que eram perfeitamente descartáveis. Mas, caso o utilizador usasse a conta para guardar igualmente dados pessoais "importantes", a situação teria sido bem mais complicada, não só pelo potencial risco de perda de dados (caso não os tivesse também guardados noutro local), como também pelo risco de invasão de privacidade - com o gestor da conta empresarial a ter acesso a todos os seus dados.

Este incidente serviu para que o Box.com revisse os procedimentos a seguir para evitar que situações insólitas como esta se repitam... Mas serve também para relembrar que por muito prático e versátil que seja o armazenamento na "cloud", convém estar-se consciente de que tudo o que lá está poderá ser acedido indevidamente, e "evaporar-se" como se fosse uma nuvem a sério.

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