2013/11/07
Coreia do Sul continua refém do Internet Explorer
Os Internet Explorer mais recentes já nada têm a ver com as versões que causaram infinitas dores de cabeça aos web developers, devido às suas liberdades criativas de interpretação dos standards HTML e CSS, que nem sempre funcionavam como seria suposto - no entanto, continuam a sofrer com essa "má fama". Em todo o mundo browsers como o Chrome foram-se tornando mais populares - mas na Coreia, um país considerado altamente tecnológico... quem quiser fazer compras na internet continua preso ao Internet Explorer.
Assim de repente sou atirado para aqueles tempos da internet em que tentar aceder a uma loja online para fazer uma comprar com um qualquer browser que não fosse o Internet Explorer era um autêntico suicídio. Eram os dias em que os sites exibiam orgulhosamente um "sticker" dizendo "Made for IE", e ignoravam por completo todos os que ousassem ter um browser diferente, como o Firefox, Opera, Safari, etc. Perdi a conta aos emails que enviei sempre que chegava a uma loja e me deparava com botões de "comprar" que não funcionavam no Firefox, ou cuja listagem de produtos aparecia completamente desformatada e inutilizável (sendo que no IE funcionava direito, claro).
Mas no caso da Coreia, a coisa é mais caricata pois o problema vem desde esse tempo. Em 1999 o Governo Coreano tentou regulamentar a segurança nas compras online, e para isso exigiu que todos os utilizadores tivesse um certificado de segurança... que na altura foi implementado usando a tecnologia ActiveX do Internet Explorer.... e assim se tem mantido até aos dias de hoje.
Mais de uma década depois, o mundo progrediu para o Chrome, Firefox, e vários outros browsers... e no entanto, os Coreanos continuam presos ao Internet Explorer sempre que quiserem fazer compras online.
... Servirá para relembrar que é preciso ter bastante cuidado com as apostas que se fazem e que terão impacto a longo prazo para o futuro. Nomeadamente, para algo deste tipo, parece-me que seria sensato ter optado por uma tecnologia não proprietária e que não estivesse dependente de uma única empresa, e que fosse de implementação aberta a todos os que a quisessem utilizar... não? Imagine-se que se tratava de uma empresa que ao fim de uma década deixava de existir (acontece, como bem sabemos)... como é que ia ser?
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