iPad Air usa LCD IGZO para poupar espessura e consumos

Estamos tão habituados a ver os equipamentos mobile a ficarem cada vez mais finos que até corremos o risco de esquecer o incrível feito de engenharia que é enfiar um "computador" completo numa caixa com escassos milímetros de espessura. O novo iPad Air viu a sua espessura reduzida em 20% face ao iPad 4 que o precedeu, emagrecendo para os 7.5mm, e parte importante dessa redução foi conseguida à custa do seu ecrã LCD feito com tecnologia IGZO.



Quando se trabalha numa escala de milímetros, todos as fracções contam, e no iPad Air as reduções foram feitas a todos os níveis:

Unibody (-23%), bateria (-25%), ecrã (-20%), sensor touch (-70%) e vidro (-17%).

O ecrã utiliza a tecnologia IGZO (indium gallium zinc oxide) que permite criar os pixeis mais pequenos e assim permitir maior densidade de pixeis e também permitir que mais luz do backlight atravesse o painel resultando numa eficiência energética 57% superior - factor que contribuirá para a manutenção da autonomia mesmo tendo um processador mais potente (mas que também é mais eficiente, refira-se). Esta eficiência faz-se notar também no aquecimento, com o novo iPad Air a aquecer significativamente menos que o iPad anterior.

No iPad mini Retina espera-se que a Apple tenha recorrido igualmente a um LCD IGZO (sendo que os paineis LCD com tecnologia a-Si - mais comuns - não possibilitaria o fabrico de um ecrã de 7.9" com uma resolução de 2048x1536.)

Ainda assim, a Amazon já está a usar nos seus tablets LCDs com tecnologia LTPS (low temperature polysilicon) que oferecem ainda maior eficiência que os IGZO, e que normalmente são usados apenas em ecrãs de dimensões mais reduzidas (como o do iPhone). No entanto a dificuldade de produção destes painéis em dimensões superiores e em grande escala continua a ser problemática, o que faz com que fosse difícil à Apple optar por esses para os seus iPads actualmente. Quem sabe, daqui por mais um ano ou dois...