Não serei a pessoa mais inteligente do mundo, mas considero-me como sendo capaz de perceber algumas coisitas. No entanto quando olho para as condições de alguns contratos sinto-me como se me estivessem a dar um nó ao cérebro, e se eu me sinto assim, imagino como se sentirão muitos outros milhões de pessoas.
Nesta caso em concreto trata-se de um contrato da Vodafone, que uso meramente como exemplo uma vez que este tipo de situação é recorrente com muitas outras empresas e serviços - e mais especificamente tem a ver com a secção que determina se autorizamos que os nossos dados sejam usados para diversos outros fins e também o acesso ou não a outros serviços.
Não digo que a coisa esteja completamente ininteligível... mas o que é certo é que mesmo depois de ler aquilo meia dúzia de vezes continuo a ficar baralhado com o que lá me perguntam.
Ora cliquem na imagem e tentem responder de uma só vez às "cruzinhas" que vos são perguntadas...
Temos perguntas que nos interrogam sobre se nos opomos a algo; temos outras que perguntam se autorizamos; e ainda outras se não autorizamos. Ou seja, em vez de algo que seja claramente sim ou não, temos um verdadeiro "campo minado" onde temos que alternar cuidadosamente entre sim e não consoante o que quisermos.
Em abono da verdade refira-se que neste caso a Vodafone separou as secções em duas, e onde apenas uma assume que permitimos por omissão (utilização dos dados para marketing pela própria Vodafone); sendo que todas as outras não serão permitidas por omissão - o que logo à partida significa que podemos simplesmente "passar à frente". Mas ainda assim, penso que seria do interesse público que este tipo de questões fosse feita sempre de modo a que um sim/não pudesse ser aplicado a todas as perguntas.
Ou seja, em vez de fazer perguntas como "autoriza; não autoriza; opõe-se; etc" onde um "sim" acaba por ter significados distintos (sim, autorizo; sim, não autorizo) seria bem mais interessante reescrever as ditas perguntas de modo a que a resposta afirmativa/negativa representasse sempre a mesma intenção.
A troca de sentido (entre o Autorizar e o Opor) é o que mais "nojo" me coloca.
ResponderEliminarÉ visível a intenção de criar confusão, mas é assim em todos.
Com tanto milhão gasto em em reguladores e outros parasitas afins, bem que podiam legislar os contratos de serviços.
Desculpa foi à primeira e nem tive dificuldade :S
ResponderEliminar(deve ser de estar habituado a ler leis fiscais)