2014/04/29
O segredo para o sucesso dos wearables
Penso que ninguém tem dúvidas quanto à revolução wearable que se aproxima a grande velocidade, como se pode comprovar pela Amazon a apressar-se para não "perder essa onda" lançando uma nova secção dedicada exclusivamente a este tipo de tecnologias. Mas para que essa revolução venha mesmo a acontecer há alguns aspectos que têm que ser resolvidos.
Por enquanto preenchida com os fitness trackers e demais acessórios que todos conhecemos, esta secção de wearables da Amazon deverá rapidamente dar lugar aos produtos das próximas gerações, fazendo os actuais caírem no esquecimento. Modelos como o Moto 360, o eventual iWatch da Apple, e muitos outros - com e sem Android Wear - irão competir pela atenção do público e é mais que evidente que isso não poderá ser feito apenas pelas características técnicas. Mais que isso, que poderá facilmente ser replicado numa questão de meses pelos concorrentes, o que importará será oferecer um produto que seja um objecto de desejo, quer isso seja feito a nível estético (como o Moto 360), como de um ecossistema com software que o distinga dos demais.
Estando a meio do processo de teste de vários equipamentos de tracking, de variados preços e "complexidade", deparo-me desde já com um conjunto de situações que a mim me parece obrigatório ver resolvidas para que um qualquer destes produtos vença no mercado em larga escala. Coisas como a autonomia e o método de carregamento, com muitos deles a obrigarem a utilizar pouco práticos adaptadores especiais e fazendo com que se interrompa o "tracking" durante uma noite a cada semana (ou mais); ou então a selecção manual de quando se vai dormir e quando se acorda... coisa que poderá parecer engraçada durante os primeiros dias, mas que depressa passa a ser uma chatice e acaba no esquecimento; entre outros detalhes que por agora fazem com que estes produtos sejam destinados apenas aos entusiastas que estão dispostos a conviver e aturar este tipo de limitações... pois é de limitações que se trata.
Um wearable deverá ser algo que nos facilita a vida, e não mais uma peça de tecnologia que nos vai obrigar a executar rotinas repetitivas como "marcar que vou dormir" e "marcar que acordei" todos os dias. Espero bem que alguém esteja a trabalhar na solução para isso... e que em breve nos lance um wearable digno desse nome.
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