2014/05/18

Avião espião U2 crashou controlo de tráfego aéreo em Los Angeles


Poderá não ser tão mediático como o célebre Blackbird SR-71, mas o U2 é um dos mais icónicos aviões espião norte-americanos... e continua a fazer estragos hoje em dia, como descobriram os controladores de tráfego aéreo do movimentado aeroporto de Los Angeles.

Embora o avião voasse a uma altitude de 60 mil pés, bem acima da altitude dos voos comerciais, o sistema assumiu erradamente que o avião estaria a voar numa altitude em que estaria em conflito com esses voos. E enquanto tentava arranjar forma de evitar choques aéreos, o plano de voo complicado do U2 (que não se limitava a ser uma rota do "ponto A ao ponto B") fez com que o sistema esgotasse a memória disponível e entrasse num ciclo contínuo de crashes e reboots obrigando os controladores de voo a recorrer aos métodos antigos de navegação aérea - e causando cancelamentos e atrasos em centenas de voos.

Faz-nos dar valor aos bugs com que quase diariamente nos deparamos, e que se limitam a crashar uma app, ou a fazer qualquer coisa indevida nos nossos computadores e smartphones; por não serem coisas que podem afectar directamente a vida de centenas ou milhares de pessoas. Certamente que este incidente irá fazer com que o próximo sistema de controlo aéreo que está a ser preparado nos EUA, venha com uma melhor protecção contra erros deste género.

3 comentários:

  1. Mas se nos carros demoram 2 ou 3 anos desde que começam em projecto até chegar ao mercado, nos aviões deve ser mais ainda...
    Fico admirado como ainda se vendem carros com auto radio sem stereo bluetooth, uma opção que deveria custar menos de 5eur em hardware mas que facilitava muito a vida a quem quer usar um smartphone como GPS ou ouvir um podcast, ou musica...

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  2. Viva

    Claro que a história está contada para "civis", logo está mal contada.
    Cheira-me mais a um teste ao sistema, com um U2 sem plano de voo, ou alterações ao mesmo à última hora e de forma "drástica" para criar conflito no sistema...
    Hoje em dia, quando se submete um plano de voo, ou é admitido pelo sistema ou não. E quando é aceite, tudo rola sobre asas... claro que uma aeronave militar pode descolar sem plano de voo "civil", mas há protocolos para isso..., como cá com a nossa parelha de alerta...

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    1. Esta história está verdadeiramente mal contada...

      Dado que trabalho na área dos sistemas aviónicos, sei como funcionam todos os sistemas em causa e tb sei que o plano de voo não é transmitido para as estções de controlo de tráfego....

      Sem qualquer pretensão, nem mania, li o artigo referenciado e não consegui interpretar quase nada dado que as referências são todas completamente descabidas... As coisas não batem certo....

      Por fim, de forma a poder clarear as ideias, se não me engano, desde a década de 70 que após uma colisão no ar entre um F4 e um DC9 que passou a ser obrigatória a utilização de um transponder em todas as aeronaves militares que voem no espaço aéreo controlado norte americano.

      O transponder responde a interrogações do radar secundário com informações como altitude e identificação. Sem transponder nenhum avião é detectável por nenhum radar de controlo de tráfego aéreo... Os únicos radares que detectam aviões sem transponder são os radares verdadeiros (primários) que são apenas de utilização militar...

      Por fim, um U2 que é uma aeronave de voo a grande altitude e não a altitudes comuns, como voa a mais de 50 mil pés não necessita de plano de voo civil.... porque nenhum avião civil voa a essa altitude...

      Tenho pena da politica de desinformação por informação....

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