Não seria necessário um estudo, mas aqui está ele: segundo um relatório da Nielsen, nos EUA a maioria das pessoas apenas vê 17 canais dos quase 190 canais que têm disponíveis. Ou seja, apenas se tira proveito de menos de 10% dos canais.
Não será surpresa para ninguém que os operadores só nos ofereçam aquilo que realmente não tem grande interesse como forma de aumentar o valor aparente da sua oferta (e justificar os preços elevados). Estes números mostra que 90% daquilo que é "oferecido" aos espectadores não passa de lixo sem qualquer interesse e que nunca vêem (sendo certo que cada um terá as suas preferências - e os 17 canais vistos por uns não serão os 17 canais vistos por outros).
Se todos os canais tivessem um valor idêntico, quem não preferiria pagar apenas 10% do que paga mensalmente, para ver apenas estes 10% dos canais? Mesmo que se pagasse 50%, com a desculpa de que os canais mais visionados teriam um valor superior, não haveria quem hesitassem em pagar metade para ter apenas os 17 canais que realmente lhe interessam.
E este técnica tem sido aplicada também noutras áreas... certamente já repararam que os operadores agora oferecem "chamadas ilimitadas" nas telecomunicações... numa altura em que as chamadas decrescem a pique e o que os consumidores querem é "dados". Não admira que cada vez mais pessoas se virem para a internet, onde não se livram de pagar pelo acesso, mas onde não têm problemas em pagar mais para ter os serviços que bem entendem ter, quer seja de subscrição de música, jogos ou de filmes (e pena é que não se tenha ainda o Netflix por cá).
Pelo menos, não ficam com a constante sensação de estarem a ser continuamente roubados sem que existam alguma alternativa que dê resposta às suas necessidades.
Eu tentei reduzir o meu pacote na Zon... Ainda ficava mais caro que ter as dezenas de canais.
ResponderEliminarÉ o que se chama de "the internet killed television" eu apenas vejo TV por acaso lol quase nunca me lembro de ver x canal ou y simplesmente vejo tudo na internet
ResponderEliminarNão tenho e não vejo televisão. Nunca tive televisão paga (dita "por cabo"), nunca quis ter, nunca senti falta. Com a introdução da TDT deixei de ter também os 4 canais e portanto "doei" todas as televisões que deixaram de ter uso - face ao pouco que já tinham.
ResponderEliminarAté hoje, continuo sem sentir falta. Sempre que visito alguém com TV subscrita das duas uma... ou a têm apenas para suportar a ligação internet (por algum motivo não se vê uma grande operadora oferecer um pacote só de internet ou internet+telefone) ou o canal que mais vêem não vem listado e chama-se "zapping".
Parece que há um certo encantamento em passar por >100 canais naquela ansiedade de não saber o que terá o próximo e se, quiçá, terá algo interessante.
Para consumo pessoal, vejo o que me apetece, quando me apetecer num sem fim de plataformas online e não sentirei falta de televisão enquanto ela não me der essa mesma liberdade, sem intervalos de 15 ou 30 minutos, publicidade e passatempos idiotas constantes cujo o único objectivo é capitalizar para "grandes produções" de telenovelas, todas iguais. E e já agora... alguma interactividade (a sério) com o "user" era interessante... O conceito de mero "espectador" morreu.
17 canais em 189? Sobre-estimado!
Aqui em casa temos tv por cabo, principalmente devido à internet.
ResponderEliminarO serviço de TV está dividido em 2 televisões, para 5 espectadores, (2 numa tv e 3 na outra).
Vejo normalmente 3 horas de tv por dia, e na maioria das vezes é através do média center ou gravações automáticas, pois gosto de escolher o que quer ver e quando quero ver.
Mas como é referido no post, neste caso, em 5 pessoas, os canais vistos por cada 1 dos 5 são diferentes, embora nenhum veja regularmente 17 canais, nem nada que se pareça.
Preferia pagar menos, e ter um menor numero de canais mas que fossem realmente com os tipo de canal visionado pelas pessoas aqui de casa.
"90% daquilo que é "oferecido" aos espectadores não passa de lixo"?
ResponderEliminarCalma la', boy!
O que o estudo diz, e que esta' no titulo, e' que as pessoas em media veem 17 dos 190 que tem disponiveis. "apenas se tira proveito de menos de 10% dos canais" e' uma interpretacao justa do estudo, agora chamar 90% da oferta de lixo... calma la' boy.
La' por uma pessoa nao ver o canal X nao quer dizer que os outros nao veem.
Isso torna-se obvio ao fazer zapping, porque se ve claramente que os canais estao agrupados por temas: genericos portugueses, noticias portugueses, tematicos portugueses, musica, noticias estrangeiros, brasileirada, canais para a malta da europa de leste, series e filmes, canais para a malta da terra do sol nascente, etc...
Nao e' do interesse das operadoras mudar o formato, porque ja' que tem de pagar direitos para transmitir todos, assim cobram-se a todos os clientes por isso.
Por outro lado, nao e' preciso pensar muito para perceber se o modelo mudar para o cliente escolher a dedo os canais que quer, no final paga o mesmo, porque para manter a mesma variedade da oferta, tem de manter a receita.
",,, (sendo certo que cada um terá as suas preferências - e os 17 canais vistos por uns não serão os 17 canais vistos por outros)".
EliminarOra bom. Por acaso acho que falta aqui alguma informação no post para não andarmos a especular.
EliminarExiste o pressuposto de que a zon e a meo oferecem esses pacotes cheios de canais, de forma a aumentar o valor aparente da sua oferta e justificar os preços elevados.
Existe também o pressuposto de que tem que ser assim porque senão haveria canais com muito poucos assinantes e que acabariam por ser retirados por não compensar. Pagam uns pelos outros para poder haver a tal diversidade.
Agora, será que estes dois pressupostos são verdade? Será que o 1º é maior factor que o 2º? Será que haveria outra forma de por as pessoas a pagar apenas o que querem, com isso pagar menos e ainda manter a diversidade? Não sei. Como disse no início, falta informação e era preciso estudar melhor o caso.
No entanto, sem tirar conclusões, o que este post faz é relembrar que realmente esta é a realidade, só vemos de facto 10% dos canais que assinamos.
Eu sempre fui a favor de sermos nós consumidores a escolher os pacotes de canais que queriamos e pagar consoante o mesmo.
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