Ainda guardo com carinho a minha calculador científica da Texas Instrument, que continua a ter a grande vantagem de não precisar de pilhas (é solar); mas há um modelo em particular que após uma década continua a dominar as salas de aula: a TI 84 Plus.
Numa altura em que praticamente todos os produtos electrónicos ficam obsoletos ao fim de dois ou três anos, parecerá impossível que um produto possa permanecer inalterado e continuar a ser líder de mercado após uma década, mas é precisamente o que a TI 84 Plus tem feito.
Esta máquina de calcular gráfica com 24KB de RAM e ecrã de 96x64 pixeis poderiam não impressionar ninguém já na altura (e ainda menos hoje em dia), mas o seu preço tem-se mantido praticamente inalterado, próximo dos $150 dólares. Este ano a versão C Silver, com 128KB de RAM e ecrã de 320x240 a cores superou a edição clássica, voltando a levantar a questão dos preços. Será que faz sentido cobrar $150 dólares por esta calculadora, quando por $199 já se pode ter acesso a produtos como um iPod Touch (ou smartphones Android), com muito mais memória, ecrã de resolução superior, e muito mais capacidades a nível de software?
Talvez seja a velha questão de em muitas salas de aula se permitirem as máquinas de calcular mas não "smartphones", com o receio do que os alunos possam fazer com eles. Um receio que, relembre-se, também foi aplicado inicialmente às próprias máquinas de calcular - como se disponibilizar as ferramentas mais evoluídas e adequadas aos alunos... fosse evitar que eles aprendam.
Ensinem os alunos a tirar partido dos smartphones, ensinem-lhes até a programar para que possam criar as apps necessárias para resolverem os problemas que lhes surgirem pela frente. Isso sim, parece-me bem mais produtivo do que estar a tentar mantê-los na "idade da pedra", isolados do mundo real que temos "cá fora".
E a Voyage 200, ainda tenho aqui a minha a funcionar.
ResponderEliminarNa altura custou-me 50 (Contos)... Era o Topo de Gama das maquinas...
A questão não é usar um produto na sala de aula (nos EUA e outros países usas PC, tablet, etc) mas o copianço permitido. Outra coisa é o uso exagerado de tecnologias: ainda que as haja não que dizer que se tenha que as usar massiva e exaustivamente.
ResponderEliminarA máquina em si deve sair a uns 5 euros a fabricar, 150 em venda ... isso é uma mina de ouro!
Mas sem dúvida, há que educar alunos, re educar professores e ministério da educação.
Aqui por casa anda uma TI-89 e ainda hoje vai servindo.
ResponderEliminarEPenso que estes equipamentos mantêm este preço pois é "material obrigatório" para as aulas, pelo que aproveitam esse facto para sacar mais uns cobres aos pais dos alunos.
Ti92... Uma Bomba que ainda bomba! Infelizmente, estas máquinas praticamente só são úteis para as salas de aula. Fora delas há outras ferramentas mais práticas, rápidas, etc...
ResponderEliminarEu ainda apanhei TEXAS a construir o império, roubando 'clientes' às CASIO (tabletes de chocolate) e às HP (48). Das últimas coisas que tenho memória foi das horas que passei a modificar um shooting method (Runge-Kutta) de uma CASIO para a TI-92. Havia quem levasse duas máquinas para o exame já que o método de resolução de ODEs era obrigatório uma cadeira... Ah! A minha não veio com cabo e construir um foi das primeiras coisas que fiz. :)
Bons tempos aqueles...
Sim, haverá muita gente que acabou o curso à custas da "memória extra" que uma máquina fornece. Mas, em boa verdade quem quer copiar copia sempre, seja de que maneira for. Além disso, os professores são muitas vezes coniventes com essas situações - bastava fazer uma amostragem antes ou durante o exame. Hoje em dia a avaliação é muito mais distribuída e os exames tem cada vez menos peso. Isto é/foi uma mudança boa.
O problema não é o medo de usar telemóveis na sala. O problema é usar telemóveis em exame (e é um medo que tem a sua lógica, ver isto http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2656298/Revealed-The-James-Bond-style-gadgets-used-pressure-Chinese-students-desperate-pass-exams-including-radio-vests-pin-hole-cameras-earpieces.html)
ResponderEliminarTambém ainda tenho a minha TI-84 Plus. Não que tenha terminado a faculdade assim há tanto tempo mas sempre fiquei surpreendida como o preço não alterou ao longo destes anos todos. Artigo interessante. ;)
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