Europa também exige consentimento dos utilizadores para "device fingerprinting"

Ter o máximo de informações sobre os utilizadores é algo extremamente apetecível para as empresas, e por isso sempre que surge uma qualquer medida que limite essa recolha de dados, rapidamente procuram formas alternativas de o fazer. Agora, a Europa quer fechar a porta a mais um sistema de tracking conhecido como "device fingerprinting" mas... será que tem qualquer hipótese de sucesso?

Os cookies são uma das principais formas que as empresas utilizam para acumular dados sobre os utilizadores na internet. Graças a eles podem saber se estão perante alguém que tem visitado frequentemente a sua loja em busca de determinado produto, se visitou lojas concorrentes, e muito mais. Mas essa não é a única forma de identificar um utilizador. O "device fingerprinting" é uma técnica que dispensa o uso de cookies, mas que utiliza outras características para tentar identificar um utilizador: a versão do browser, a resolução do ecrã, e outros elementos que permitem continuar a identificar utilizadores individuais com alguma precisão.

A Europa quer que também este sistema fique sujeito à pré-aprovação dos utilizadores; mas embora a sua intenção seja boa, a pergunta é: até que ponto é que isto não se tornará em apenas mais uma pergunta que os utilizadores descartam sem sequer pensarem nela - como acontece com as perguntas dos cookies?

A imposição da lei dos cookies na Europa fez com que muitos sites se apressassem a adicionar as mensagens "este site usa cookies... blá blá blá". Algo que para a maioria dos utilizares consiste apenas em mais uma janela ou popup a fechar sem hesitação. Com este novo passo, o que se seguirá? Uma série de perguntas/popups que os utilizadores terão que ir fechando, ficando cada vez mais fartos deste tipo de coisas?

Parece-me ser um daqueles casos em que a intenção até poderá ser boa e para defender os utilizadores, mas a sua implementação... pode destruir por completo o seu propósito.