Não é preciso ser demasiado paranóico para se saber que estamos continuamente a ser seguidos. Mas agora atingem-se níveis mais elevados (literalmente) de tracking, graças aos cada vez mais populares drones.
Já sabemos o quanto as empresas gostam de nos seguir na internet, para poderem analisar os nossos interesses e hábitos e tentarem maximizar as vendas; e no mundo real também o fazem. Existem dezenas de empresas especializadas em analisar os padrões de movimento das pessoas dentro das lojas, e que o fazem seguindo as emissões dos nossos smartphone.
Normalmente isso é feito recorrendo a antenas fixas posicionadas em pontos estratégicos, mas nos EUA já há empresas a dar o salto para sistemas móveis em drones, que permitem expandir essa capacidade de tracking.
Se é fácil imaginar o potencial de tracking numa determina zona fixa ou no interior de uma loja, multipliquem isso pela possibilidade de ficar a conhecer os padrões de movimentação de centenas ou milhares de pessoas numa área muito mais extensa. E estes sistemas permitem não só recolher dados, como também tornarem-se em postos activos que poderão enviar publicidade direccionada.
Imagine-se que diariamente passam à frente de um café ou restaurante sem nunca lá terem entrado... agora imagem que esse mesmo estabelecimento decide oferecer um vale de desconto a quem já por lá tiver passado à porta uma dezena de vezes? Não será um investimento bem mais apetecível do que dar um desconto a quem provavelmente só lá passou uma vez (ou nunca)?
E aqui, não há muito a fazer para que se possam proteger... a não ser que desliguem os vossos smartphones completamente. Pois este tracking não está dependente de nenhuma app ou opção activada nos dispositivos, mas sim do simples tracking dos sinais que o mesmo utiliza para comunicar e se manter ligado à rede.
Sim... é o mesmo que dizer que a privacidade actualmente se resume à ilusão de que ainda existe privacidade...
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