2015/05/14
Ultra HD Blu-ray vai finalmente suportar resoluções 4K
Quem me acompanha por aqui há "algum" tempo (desde o tempo da guerra HD-DVD vs Blu-ray), saberá que o Blu-ray é um formato que me "está entalado", e agora mais uma vez vamos ficar a conhecer as implicações de um formato que não foi pensado para o futuro... com a chegada de uma nova modalidade: o Ultra HD Blu-ray.
Esta actualização do sistema Blu-ray para suportar formatos Ultra HD não acontece por acaso. As vendas dos discos Blu-ray caíram a pique (quem vai investir num formato Full HD quando se quer tirar partido dos novos televisores 4K?) enquanto que nos serviços de streaming, temos YouTube, Netflix e Amazon já a apostar neste formato.
Mas há que reconhecer que haverá situações onde possa ser desejável ter um filme numa rodela física de plástico, e é aí que entra este novo Ultra HD Blu-ray.
Este discos passam a poder ter até 100GB (em triple-layer) face aos actuais 50GB em dual-layer e, mais importante, passam a suportar resoluções de até 3840x2160 (4K), até 60fps, e também HDR. No som, é dito que suporta os formatos "do futuro" - imaginando-se que isso signifique formatos como o Dolby Atmos e DTS:X. É também referido a possibilidade de que os conteúdos sejam vistos em dispositivos mobile, mas sem que sejam dados detalhes de como isso será feito.
A associação Blu-ray também descansa os interessados dizendo que os novos leitores Ultra HD Blu-ray serão compatíveis com os discos Blu-ray antigos... e obviamente esquecendo-se de referir que o contrário não acontece: não poderão ver estes novos discos nos leitores antigos/actuais. Mais preocupante será o facto de, para um formato que está agora a chegar e que quer estar preparado para o futuro, não estejam sequer contemplados formatos 4K reais (4096px) ou até prever já conteúdos de resolução superior (5K e até 8K) - mas certamente será melhor daqui por um ano ou dois dizerem-nos que já está pronto o Ultra HD Blu-ray 2.0, com essas novas resoluções, e convidando-nos a comprar novos leitores... ;P
Esperemos que por essa altura já por cá tenhamos Netflix, que nos livre dessa necessidade.
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Sim sim, até porque com a rapidez da Internet nacional, ver as séries todas que o Netflix tem em 4K( que são 2 ou 3), é completamente concebível.
ResponderEliminarE até porque ver algo em alta definição, seja em streaming ou em Blu-Ray, também é completamente igual, nem se nota a diferença! (Ironia)
Nesse aspecto até estamos muito bem servidos (quem estiver dentro da cobertura da rede de cabo/fibra).
EliminarO Bluray "normal" tem um bitrate máximo de 48Mbit/s para audio e vídeo, que não seria problema de transpor, na íntegra, para uma qualquer ligação de 100Mbps. Na prática, fica bem abaixo disso (20Mbps), e usando codecs como o H.265, ainda menos necessitaria sem perda "visível" de qualidade. Mesmo transpondo para conteúdos 4K, nao se fica muito mal servido. (Ninguém nega que um filme em HD com bitrate mais reduzido, como frequentemente acontece com as versões de streaming, tenha qualidade inferior - mas não é o "streaming" que é culpado disso, mas sim as opções de compressão de cada serviço. :)
E quanto à questão do "bottleneck" para ligação internacional, por algum motivo o Netflix tem os seus "Netflix em caixa" para colocar nos ISPs, e assim disponibilizar o conteúdo localmente, evitando esse problema.
A velocidade média de download da internet em Portugal está perfeitamente ao nível de Espanha, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Canadá...
ResponderEliminarTendo em conta que o objetivo da associação Blu-Ray é estimular as pessoas a investir sistematicamente em leitores e TVs novos, bem como (re)comprar a biblioteca de discos, eu diria que estão a fazer um belíssimo trabalho.
ResponderEliminar(Não que eu concorde com nada disto, e de mim nunca irão receber dinheiro. Se algum dia comprar alguma coisa será em segunda ou terceira mão.)
Por acaso sou fã do formato físico, até considero pagar por streaming ou formato digital em filmes que me interessam menos ou que tenham um acesso antecipado nesse formato, contudo os filmes e séries que realmente gosto, não prescindo do formato físico.
ResponderEliminarFico sempre na dúvida do que se passará com os "nossos" conteúdos no dia em que a Netflix, o iTunes, o Steam, a PSN morrerem, desistirem, mudarem de políticas.
Com o formato físico, desde que tenha um leitor, posso sempre ter acesso aos meus conteúdos (nos jogos PC e consola até assim eles já nos limitam com os DRM através da internet...)