2015/08/31

Netflix perde Hunger Games, Transformers e mais filmes


Não são só os serviços de TV por cabo que podem perder canais. Também o Netflix sofre do mesmo problema, e está prestes a perder o direito a manter filmes como os Transformers, Hunger Games, e outros na sua colecção.

Um problema que se irá tornar cada vez mais recorrente (com as exclusividades que uns e outros serviços procuram obter, neste caso com os filmes perdidos a passarem para o Hulu), e que nos relembra da volatilidade actual de acesso aos conteúdos - e porque motivo o Netflix, e outros, têm apostado em força em produzir os seus próprios conteúdos. Aliás, a resposta do Netflix é precisamente essa: de que estão a dedicar-se à produção dos seus próprios filmes e séries para ficarem menos dependentes dos outros estúdios - mas não que isso sirva de consolação a quem queria ver os filmes desses mesmos estúdios que o Netflix vai perdendo.

Ainda assim, parece-me que ficaremos todos a perder se daqui por uns anos quem subscrever o Netflix só veja produções do Netflix, e quem quiser ver conteúdos da Sony tenha que subscrever um outro serviço de streaming da Sony; e outro da MGM, e outro da Paramount, e outro da Disney, etc, etc. Para não falar da frustração que será contratar um serviço na expectativa de ter acesso a determinados conteúdos, que passados umas semanas, meses, ou anos, poderão deixar de estar disponíveis.

Entendam-se enquanto é tempo... pois não se esqueçam que a maioria dos utilizadores não costuma ter grandes problemas em recorrer a fontes "não oficiais" para encontrar o que quer, quando a alternativa legal é demasiado complicada ou não existe. Afinal, até a protecção para os novos streams em Ultra HD 4K já foi crackada (como se alguém no seu perfeito juízo tivesse dúvidas de que isso seria inevitável.)

2 comentários:

  1. Enquanto que no streaming de música existem inúmeros serviços com acesso práticamente aos mesmos catálogos (e alguns desses serviços têm sucesso) no streaming de séries e filmes vamos assistindo a uma progressiva fragmentação que está a transformar estes serviços em canais de TV na Internet.

    Isso não resolve o problema que leva á pirataria de filmes/séries.

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    1. Infelizmente a tendência tem sido a inversa: também nos serviços de música se começa a ter cada vez mais exclusivos, piorando os serviços. Basta ver os artistas que têm fugido do Spotify, e depois até temos o Tidal a queixar-se da Apple de alegadamente fazer o mesmo que eles próprios fazem.

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