2015/09/15

A aventura do Windows e a transição para um televisor 4K


Tal como tinha referido, aproveitei a promoção da Worten para fazer o upgrade para o mundo dos 4K e um ecrã de 60"; mas mal sabia eu que o processo de transição me iria obrigar a perder várias horas para fazer aquilo que pensava ser o mais simples.

Confesso que não tinha qualquer pressa em trocar de televisor; estava bastante satisfeito com o plasma LG Full HD de 50" que tinha (também oriundo de uma promoção idêntica) e o meu plano era pensar apenas em upgrades quando os ecrãs OLED e/ou de 70-75" começassem a chegar perto dos 1500 euros. Mas... a perspectiva de aumentar para os 60" e os 4K, combinado com o preço que me pareceu tentador (e a chegada iminente do Netflix e conteúdos 4k) levou a melhor.

Comprar um televisor 4K por causa dos conteúdos é, neste momento, uma má decisão. Esses conteúdos são praticamente inexistentes, e ainda estamos em época de transição, o que faz com que nem todos os modelos suportem os conteúdos HDR que aí virão (que na prática só farão sentido em televisores OLED com LCD com local dimming real). Mas, se tiverem uma câmara 4K, ou passarem algum tempo a ver fotos no televisor... os 4K já começam a permitir ver o que se pode obter - para além de poderem recorrer ao YouTube para ver algumas demos de vídeos 4K com qualidade já bastante interessante.

Mas... regressemos à aventura!



Trocar um televisor por outro não tem que se diga. Eu tenho espaço "reservado" para um ecrã de 100-120", pelo que foi mesmo desligar duas ou três fichas (HDMI e power), tirar um ecrã, meter o outro, e voltar a ligar. E pronto, feito!

De seguida, tentar começar a perceber o interface da Smart TV, configurar o acesso à internet (sim, não faltou sequer um update à espera, como mandam as regras da actualidade), dar um salto ao YouTube para ver os 4K pixeis em funcionamento, e fazer uns testes rápidos com alguns ficheiros de diferentes formatos numa pen USB (sim, lê conteúdos H265 sem problemas, o que já não é mau - embora ainda não tenha conseguido fazer com que o televisor visse uma pasta partilhada que tenho numa máquina linux - embora ainda não tenha tido tempo para explorar isso.)

Até aqui tudo bem. Mas faltava o último detalhe: o meu pequeno mini-PC que serve como media-player e browser, e que tem o meu muito apreciado VLC para ver conteúdos que o televisor possa não gostar. Ora... o computador arrancava... mas depois do processo de boot, o televisor dizia que "não tinha sinal".


O Windows, os monitores, os televisores



Este meu mini-pc já é bastante velhinho (um Nvidia ION) e não suporta resoluções 4K. Mas isso não me importava, pois só queria que ele continuasse a funcionar em Full HD, como sempre tinha feito. Uma vez que ligado ao televisor não dava imagem, lá tive que ir buscar um monitor, carregá-lo até à sala (felizmente os LCDs são levezinhos), e comprovar que ligado ao monitor estava tudo a funcionar como devia.

Numa das vezes que estava a fazer troca de cabos entre monitor e televisor, com o painel de escolha da resolução no ecrã, deu para reparar por breves instantes, que o computador estava a detectar o televisor como sendo 4K (o que é o correcto), e seleccionando automaticamente essa mesma resolução 4K (o que não é correcto, pois não a gráfica integrada não a suporta!)

Ora... o problema era como conseguir seleccionar a resolução desejada. Quando o computador estava ligado ao monitor em que se podia ver as coisas, só se pode controlar a resolução desse monitor; quando ligava ao televisor, não conseguia ver o que lá estava para mudar. Tentei arrancar o Windows 8 em modo de baixa resolução gráfica, mas por algum motivo voltava a saltar para uma resolução elevada assim que passava o processo de arranque. De seguida pesquisei por formas de forçar a resolução manualmente, e ferramentas de criação de resoluções - algumas delas a inspirar-me confiança, ao exibirem a informação do televisor e as resoluções "em registo". Mas mesmo eliminando as resoluções 4K para que o Windows optasse pelo Full HD não surtiram efeito: sempre que ligava o computador ao televisor, lá saltava ele novamente para uma resolução 4K.

Por fim, lá optei por recorrer ao VNC, para tentar aceder remotamente ao computador, com ele ligado ao televisor (e portanto, às cegas). Isto comprovou que efectivamente o computador estava com uma resolução (não suportada!) de 4K seleccionada. Mas tentar abrir ou mexer em qualquer coisa resultava, na maioria das vezes, no crash do driver gráfico ou do próprio sistema. Mas, lá deu para perceber que a coisa ia variando e não era constante... e depois de uma meia dúzia de tentativas, lá deu para conseguir chegar ao painel de selecção da resolução e mudar para o desejado Full HD - e assim permanecer daí para a frente. UFA!

Finalmente resolvido!



O mais certo é que a culpa seja de um bug da Nvidia, que deixa que o seu velhinho ION se atreva a seleccionar uma resolução que não suporta (mas que afinal até suporta, internamente, não tendo capacidade para a fazer chegar cá fora.) Mas... porque é que me tinha que calhar a mim descobrir isto? É que em vez dos 5-10 minutos que esperava gastar com a troca, foram várias horas de desespero para conseguir resolver o problema.

A parte positiva é que... está resolvido, e agora posso dedicar-me finalmente a avaliar as diferenças... e a sonhar com o dia em que um OLED 8K de 100" fique em promoção a 999 euros! (Ou pronto... mesmo que seja apenas de 75 ou 80" penso nisso. ;)

14 comentários:

  1. Boa a tv nao consegue fazer Upscaling de uma imagem de uma rtp ..para os 4k ? melhorando a mesma ?

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    1. Toda e qualquer coisa que estejas a ver na TV está automaticamente "upscaled". Mas não há milagres... se o conteúdo de origem nao tiver qualidade, não é o upscaling que o vai meter. Mesmo assim, mesmo com resolução "DVD" a imagem fica bastante decente.

      Quanto à RTP, vai depender da qualidade com que a tiveres... :)

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    2. a RTP tem das piores qualidades de imagem o 4K nao favorece em nada mesmo.

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  2. Ficamos a aguardar, mais tarde, feedback acerca da "performance" apreciada na transição de conteúdos "menos modernos" para a nova menina bonita da sala... :)

    Eu que dou bastante (não sou bem eu) uso aos sistemas de satélite "estrangeiros" (que por acaso já emitem alguns canais experimentais 4K e até 8K! em aberto), gostava de não me arrepender quanto a novas aquisições que terão de ser efetuadas (nomeadamente, um receptor "tudo em um" e UHD) a curto médio prazo, ou seja, será que conteúdos em 4K para saídas em 50-60" são realmente uma façanha (atual ou futura) face aos "usuais" 2K, de forma a justificar diferenças relevantes de preço? (nomeadamente quanto a receptores/box´s).

    Fiquei surpreendido com essa parte "Tentei arrancar o Windows 8". --- Windows 8! --- :)

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    1. Felizmente (ou infelizmente, dependendo da perspectiva) tenho máquinas suficientes para ter uma considerável variedade de sistemas operativos. Neste mini pc "media player" está com o 8, e a aguardar a chegada do 10. :)

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  3. Para quem tem 4Ks, não se esqueçam que existem canais nacionais com melhor resolução. No MEO são os 801, 802, etc... Nos outros não sei, mas também devem ter.

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    1. Na Vodafone tem o FunBox 4K (integralmente 4K dizem eles) que já vi, embora numa TV "manhosa". Portanto, continuo nesta tristeza de até hoje não ter visto emissões 100% 4K desde a origem até à exibição final.

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  4. Tens que adquirir uma Android Box Minix, a NEO X8-H Plus... impecável! http://minix.com.hk/products/neo-x8-h-plus

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  5. Já podes usar Netflix a vontade atraves do servidor americano e usando o software unlocator... certamente mt melhor que a versao netflix portuguesa quando sair...

    os preços sao bastante convidativos!! com conteudo 4K. mt bom

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Quanto é que esta brincadeira pagou de taxa de cópia privada...?

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