2015/11/25

Patente da Apple revela ecrã OLED capaz de ler impressões digitais


A Apple parece ter ficado para trás nos avanços tecnológicos dos ecrãs, mas uma patente revela que em breve poderá voltar a apostar em tecnologia que deixará os seus concorrentes para trás: ecrãs com capacidade de ler impressões digitais (e não só).

Lembram-se dos tempos do "retina display" do iPhone 4? Hoje em dia isso parecerá algo muito distante; tão distante que já terá feito esquecer a revolução que foi quadruplicar a resolução para uns então inacreditáveis 960x640 pixeis, numa altura em que se consideravam perfeitamente normais ter apenas 480x320 pixeis num ecrã de 3.5".

Na altura esta aposta apanhou todos de surpresa - pois não se esperava que a tecnologia para tal estivesse pronta para ser produzida em volume a preços comercialmente viáveis - mas os anos foram passando, e a concorrência lá acabou por apanhar, e superar a Apple. Hoje em dia são os iPhones que têm resoluções ultrapassadas, com o seu iPhone 6S a ficar-se pelos 1334x750 e o 6S Plus pelos 1920x1080; numa altura em que se encontram smartphones de baixo custo com ecrãs Full HD, e a maioria das marcas usa ecrãs de 2560x1440 nos seus smartphones de topo (ou até ecrãs 4K, como no caso do Sony Xperia Z5 Premium).

Mas, a resolução não é tudo num ecrã, e a Apple parece estar a trabalhar noutros aspectos que parecem ter ficado esquecidos. Uma das suas patentes revela um ecrã OLED capaz de "ver" o que se pousar sobre o ecrã, incluindo a capacidade de ler impressões digitais sem necessidade de sensores adicionais.


O mais próximo que se teve desta tecnologia foi o ecrã PixelSense usado no Surface 2.0 da Microsoft (quando o Surface ainda significava os ecrãs multitouch antes dos Surface "tablets"), e que também integrava sensores de imagem directamente no ecrã - tecnologia que no entanto parece ter sido "esquecida" pela MS e Samsung, que fabricava estes ecrãs.

A vantagem deste sistema é que permite identificar um número ilimitado de toques no ecrã, e sendo capaz de detectar com precisão a forma da área de toque (e até sendo capaz de actuar como scanner de coisas que se pousem sobre o ecrã). Capacidades que a Apple certamente se encarregaria de aplicar de forma a se diferenciar dos demais fabricantes, desvalorizando a questão da "corrida à máxima resolução"... que, como os ecrãs 4K nos smartphones já demonstram, já se torna imperceptível para os utilizadores.

Será esta a tecnologia que a Apple estará a preparar para um futuro iPhone que se despeça do botão físico do Home com o seu sensor Touch ID? Esperemos que sim... e que se possa vir a tornar no muito aguardado primeiro smartphone cuja superfície frontal seja 100% área de ecrã. (E se assim for, mais uma vez se tornará realidade aquilo que durante décadas não passava de ficção nos filmes: de vermos os personagens a pousar os dedos ou as mãos sobre ecrãs, para que fossem lidas as suas impressões digitais.)


3 comentários:

  1. Apple te oiça...
    Só volto a comprar iPhone quando tiver ecrã total ;)

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  2. Cheira-me mais a um "entrave" para uma qualquer evolução da Samsung neste sentido… :)

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    1. A Samsung já deverá ter as suas próprias patentes, eram eles que faziam o ecrã PixelSense para a Microsoft...

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