O modo Binge On da T-Mobile promete deixar ver vídeo ilimitado via internet sem que isso conte para os limites de tráfego (para os serviços parceiros); o problema é que associado a isso os utilizadores levam com uma redução de velocidade para todos os restantes serviços de video.
O polémico CEO da T-Mobile, John Legere, muito gosta de se fazer passar por uma pessoa "cool" e amiga dos clientes, mas eis que temos mais um caso que nos relembra o quanto os operadores de tele-comunicações gostam de brincar com o significado das palavras, fazendo passar os clientes por lorpas.
Como se a questão de não contabilizar uns serviços (neste caso, Hulu e Netflix) mas contabilizar outros (YouTube, etc.) não fosse já suficiente para levantar preocupações, a EFF fez uns testes e comprovou que o modo Binge On estava a interferir com vídeos dos serviços concorrentes. Com este modo activado - e que está limitado a uma resolução máxima 480p - os utilizadores que quisessem ver um vídeo do YouTube eram forçados a ver uma versão em qualidade reduzida, pois a velocidade baixava de 5Mbps para cerca de 1.5Mbps.
Tal como se esperaria, Legere no seu melhor estilo, veio logo dizer que estas acusações da EFF e do Google são "uma treta", e que o Google é burro por não perceber o benefício que ele está a fazer aos seus vídeos, chamando à tal redução de velocidade uma "optimização do vídeo".
Actualização: já veio pedir desculpa... mas não que isso afecte querer fazer passar o seu serviço como benéfico para os clientes, quando o principal benefício é para a T-Mobile.
Enfim... deixa-nos a pensar se estas pessoas realmente acreditam naquilo que estão a dizer, ou se pensam que ao repetir este tipo de coisas com convicção convencerão os clientes de que ter a velocidade reduzida para cerca de 1/5 do que teriam normalmente é algo que os beneficia! Sinceramente...
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