O tempo em que as apps podiam fazer o que lhes apetecesse está a chegar ao fim, e o RunKeeper é apenas mais um caso que terá que enfrentar um processo de um país Europeu por abusar quanto aos dados que recolhe dos seus utilizadores.
A queixa chega da Noruega, que fez uma análise a várias apps e diz que o RunKeeper está a violar as leis Europeias de protecção de dados, não só por fazer o tracking dos utilizadores mesmo quando estes não estão a usar a app, como também exige permissões que vão para além do que seria de esperar para as suas funções, e aplica condições de utilização abusivas, em que assume o direito aos dados recolhidos "para sempre", assim como o direito para os partilhar com entidades não especificadas.
A comissão esclarece que, sendo uma app de tracking de desporto, é lógico que terá que cumprir essa função - o que não será tão lógico é tentar adivinhar o motivo pelo qual a app continua a fazer esse tracking e a enviar os dados da localização dos utilizadores, mesmo já tendo passado 48h após o fim do exercício e se ter saído da app.
Por muito que não goste de ver a burocracia e políticas a intrometerem-se nas apps, não há dúvida de que chegamos a um ponto em que há mesmo necessidade de colocar um travão em certos comportamentos abusivos. Especialmente quando são feitos de forma a que os utilizadores nem sequer têm consciência daquilo em que se estão a meter. (A nível do tracking, era simples de resolver... bastava a opção que já existe no iOS, que nos deixa seleccionar que a app só pode usar o GPS quando está a funcionar, e não em background.)
Não sei se terá alguma coisa a ver, mas por exemplo esta aplicação permite gravar as caminhadas em background sem abrir a aplicação.Deixei de usar esta aplicação porque falhava muitas vezes na contagem dos passos.Uso neste momento a runtastic Pro que apesar de não ser tão completa, tem o essencial e é bem mais estável e precisa.
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