2016/08/27
Denuvo volta a ser crackado no jogo INSIDE
As esperanças dos editores de jogos de que o Denuvo fosse à prova de hackers estão a desmoronar-se como um castelo de cartas, com mais um jogo a demonstrar que o sistema pode afinal ser crackado com facilidade.
O Denuvo foi, durante muitos meses, considerado o sistema perfeito de protecção de jogos, impedindo que surgissem versões pirata dos mesmos na internet; tendo apenas que enfrentar alguns rumores de que os hackers estariam a trabalhar no assunto. Rumores prontamente ignorados e desprezados, até que por fim surgiu finalmente uma cópia pirata do Rise of the Tomb Raider.
Ainda assim, a esperança de que o sistema tivesse eficácia manteve-se. Afinal, a versão pirata do jogo demorou seis meses a chegar, o que permitia manter o propósito de impedir cópias piratas durante a fase mais lucrativa do lançamento de um jogo. Se a protecção de cada jogo demorasse 6 meses a crackar, seria algo com que os produtores aceitariam de bom grado... só que não é o caso.
O jogo INSIDE é um dos mais aguardados do ano, e embora também conte com a protecção Denuvo, surge na internet em versão pirata poucas semanas após o seu lançamento - havendo quem diga que até poderia ter surgido mais cedo, e que o jogo foi crackado em apenas duas semanas, mas que optaram por adiar estrategicamente o seu lançamento (ou que estiveram a certificar-se de que não haveria mais nenhum sistema anti-pirataria escondido algures no meio do jogo.).
O que importa reter é que os editores de jogos deveriam, de uma vez por todas, acabar com a treta do DRM que - como fica mais uma vez demonstrado - não serve para nada. Poupem os euros que gastam a sustentar empresas como a Denuvo, e invistam-nos em criar mais e melhores jogos. Se calhar, se poupassem o dinheiro gasto no Denuvo, muitos dos jogos poderiam ter oferecido os DLCs gratuitamente em vez de cobrarem por eles. :P
Dito isto, penso que nem será necessário dizê-lo: o Inside é um jogo que custa €19,90 no Steam, e que vale todo e cada cêntimo, pelo que se o quiserem jogar, joguem o original - ou então não o joguem (se todos fizessem boicote e não comprassem qualquer jogo que use o Denuvo, certamente a coisa mudaria bem rapidamente!)
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A forma mais simples de combater a pirataria é ter sempre uma componente multiplayer nos jogos, e vários DLCs que sejam lançados e obriguem a ser crackados também. Sendo assim, dá trabalho a mais para manter a versão pirata.
ResponderEliminarMas se hoje em dia até pirateiam jogos indie que custam 10 ou 20€ não se admirem se no futuro todos os jogos sejam free-to-play. É o que conseguem com isto.
Ora bom, eu até...discordo da opinião que os editores devem deixar o drm de parte de uma vez por todas.
ResponderEliminarAté ao denuvo a indústria do drm era um desastre. Os sistemas utilizados eram muito intrusivos e causavam inúmeros problemas ao utilizador. Estes sistemas foram todos facilmente ultrapassados e acabava por ser mais benéfico ir buscar a versão pirata do que comprar a versão legítima, tais eram as chatices que a versão paga podia trazer.
Mas com o denuvo tudo mudou. Este sistema não causa problemas ao utilizador pelo que pagar pelo produto não é má opção. Mais importante, conseguiu adiar a pirataria dos jogos durante 6meses ou mais. Financeiramente falando, que é o que mais conta para os editores, o investimento no denuvo é bem menor do que as vendas extras esperadas em 6meses, considerando ainda que a denuvo tem vários planos de pagamento baseados no número de cópias vendidas.
Penso que com este sistema as vendas ficam salvaguardadas. Quem quer o jogo compra. Quem não compra e saca a versão pirata 6 meses depois, provavelmente nunca iria comprar o jogo de qualquer maneira.
Para rematar falta dizer que ainda é incerta a queda da denuvo. É facto que aparecer o tomb e agora o inside é certamente uma falha na armadura, mas são 2 títulos em 20. Estão mais jogos não crackados do outro lado da balança e há que dar mérito à denuvo por isso.
PS: De um ponto de vista técnico...como será que quebraram o sistema?