2016/08/28

NASA e a contaminação da exploração espacial


Em décadas passadas, havia quem receasse o risco de um sonda espacial trazer para a Terra um potencial vírus mortal que devastasse a vida no nosso planeta. Embora seja algo que mereça consideração, as preocupações actuais prendem-se mais com as contaminações no sentido inverso.

O risco de uma sonda trazer para a Terra algo potencialmente perigoso é real, mas é minimizado pelo facto de esse tipo de recolhas ser extremamente raro. Na maior parte das missões, as sondas são enviadas com um bilhete só de "ida" e nunca regressarão - o que coloca a preocupação na questão oposta: como evitar que não sejamos nós a contaminar o alvo de interesse que se deseja estudar?

Com o nosso planeta a estar repleto de vida, tornar-se de importância crucial fazer todos os possíveis para que nenhuma sonda leve consigo passageiros microscópicos indesejados. Esta preocupação não é recente, e já em missões como a Viking, da década de 70, as sondas eram esterilizadas cozendo-as a 111ºC durante 40 horas.

Claro que os requisitos de esterilização são diferentes consoante o tipo de missão. Uma missão a Marte ou Europa (a lua, não a nossa Europa) têm requisitos muito mais apertados que uma missão a um asteróide; por serem locais onde os cientistas pensam haver condições que permitam a existência de vida. E nada mais embaraçoso haveria, do que descobrir que a vida que lá fosse encontrada, fossem afinal microorganismos levados para lá pelas nossas próprias sondas.

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