2017/02/12

Exposição "Beyond the Lab" em Portugal até 26 de Março


Estará em exibição até 26 de Março, no Pavilhão do Conhecimento, a exposição Beyond the Lab que nos dá a conhecer diversos projectos destinados a melhorar a vida das pessoas, e entre os quais se encontram dois projectos nacionais: o de bolsos térmicos e o de uma mão impressa em 3D.

Portugal recebe a exposição “Beyond the Lab: The Do It Yourself Science Revolution”, que estará patente no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, de 26 de janeiro a 26 de março. A exposição conta a presença do Patient Innovation, projeto da Católica Lisbon School of Business and Economics, com sete soluções da plataforma em exposição das quais duas são inovações portuguesas.

A exposição que pretende explicar o papel dos cidadãos como investigadores e inovadores, já passou por países como Reino Unido, Alemanha, Espanha, e vai percorrer um total de 29 países europeus. De um total de 650 soluções do seu portefólio, as inovações do Patient Innovation em exposição são:

Mão impressa em 3D (Portugal)

Em 2015 a equipa do Patient Innovation team imprimiu uma mão em 3D para o Nuno, um menino português de sete anos que nasceu sem ante-braço e mão. A equipa trabalhou em parceria com Ivan Owen, um artista Americano que cria adereços para cinema e teatro. Ivan desenha próteses em 3D para crianças e adultos, cujos ficheiros partilha de forma gratuita na internet, permitindo que mais pessoas por todo o mundo tenham acesso a estas próteses low cost. A mão 3D foi impressa na Católica Lisbon.

Bolsos térmicos (Portugal)

Diogo Lopes sofre de Charcot-Marie-Tooth, uma condição neurológica que, entre outros problemas, origina variações rápidas da temperatura das mãos e pés. O Diogo, que tem frequentemente as mãos frias o que o impedia de tocar piano, tinha uma ideia para melhorar este seu problema, mas não tinha os recursos nem os conhecimentos para concretizar esta ideia. Então explicou esta situação ao Patient Innovation, que o pôs em contacto com alunos do JUNITEC, do Instituto Superior Técnico de Lisboa, que desenvolveram bolsos térmicos portáteis para ajudar o Diogo a manter as mãos quentes.

The Shower Shirt (EUA)

Lisa Crites inventou a Shower Shirt depois de ter sido submetida a uma mastectomia em 2009. Como outras mulheres que foram submetidas a este procedimento cirúrgico, foi dito a Lisa para não tomar banho para não correr o risco de apanhar infeções devido à água. Lisa desenvolveu uma camisa à prova de água para que pessoas que fizeram cirurgias possam tomar banho sem correr o risco de infeção. Lisa foi uma das vencedoras da primeira edição dos PI Awards.

Upsee (Israel)

O filho de Debby Elnatan foi diagnosticado com paralisia cerebral quando tinha dois anos. Foi dito a Debby que o seu filho iria ficar numa cadeira de rodas para o resto da vida. Foi então que Debby criou o Upsee, uma estrutura que permite que o seu filho caminhe consigo. A Debby desenvolveu o design com a empresa Firefly, para que outras crianças com problemas motores o possam usar.

Ostom-I (Reino Unido)

Michael Seres foi diagnosticado com a doença de Crohn quando tinha dez anos. Depois de uma cirurgia ao intestino, Michael de começar a usar um saco de ostomia para recolher o seu conteúdo intestinal. Frustrado pelas dificuldades de ter de usar um saco no seu quotidiano, Michael usou parte de uma luva de uma Nintendo Wii para construir um sensor, Ostom-i alert, que monitorize o saco através de uma app no seu telemóvel. O que começou por ser um projeto Do It Yourself, é agora um dispositivo disponível em vários hospitais por todo o mundo.

ExoVasc (Reino Unido)

Quando foi dito a Tal Golesworthy que este tinha um problema genético na sua aorta, Tal não gostou das opções que lhe deram. Em vez de aceitar os tratamentos disponíveis, Tal apoiou-se na sua experiência de engenheiro para arranjar uma alternativa. O ExoVasc é um suporte aórtico personalizado que é colocado na área afetada da aorta do doente. Feito de malha de tecido, as mangas ExoVasc são produzidas através do uso de modelos impressos em 3D para que sejam do tamanho exato da aorta de cada doente.

ViEx (EUA)

Sarah Betts foi diagnosticada com artrite reumatoide juvenil quando tinha dez anos. Como violinista, Sarah notou que a sua mão esquerda, que a jovem usa para pressionar as cordas do seu instrumento, ficava menos inchada do que a mão direita. Sarah criou ViEx, um dispositivo de madeira baseado no seu violino para que outras pessoas com artrite possam exercitar as mãos.

A entrada é gratuita e podem fazer a inscrição online para as diversas sessões.

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