2017/02/23
Precisam as redes sociais de um modo "turista" para proteger a privacidade?
Os smartphones actuais já contam com um modo "avião" que desactiva todo o tipo de comunicações que potencialmente pudessem interferir com sistemas externos; agora, há quem defenda que algo idêntico se torna necessário para as redes sociais, para proteger os utilizadores contra potenciais invasões de privacidade quando visitam outros países.
Há relatos crescentes de pessoas que são obrigadas a ceder o acesso aos seus smartphones e redes sociais quando querem entrar noutro país (ou até no seu próprio país). Ora... dizer que não a autoridades fronteiriças é o tipo de atitude que garantidamente se arrisca a transformar umas agradáveis férias num potencial pesadelo; mas por outro lado, a simples ideia de que estaremos a ceder informação pessoal e privada a "sabe-se lá quem" - para não falar nos inúmeros aspectos em termos de riscos de segurança - é também algo que não se pode evitar.
Por um lado, temos quem ache que tudo se resolveria com a criação de um "modo de viagem" nas redes sociais, que limitasse o acesso a informação básica e protegesse o utilizador de tentativas de espionagem mais abusivas. Mas, penso que o maior problema nem sequer seria esse, pois o simples acto de pedirem a alguém que introduza as suas credenciais num computador desconhecido, para entrar no Facebook, ou até no Gmail, deixa automaticamente essas credenciais em risco. Quem nos garante que as nossas passwords não estarão a ser registadas - quer propositadamente, quer até inadvertidamente (no caso das máquinas em questão poderem estar infectadas com malware)?
E já agora, quais as potenciais implicações se o acesso que for pedido, por exemplo, a um smartphone, também dá acesso a todos os documentos que se tenham no Google Drive, Dropbox, etc.? Seria ridículo chegarmos ao ponto de termos smartphones com dupla personalidade, que nos dessem acesso total ao sistema quando estão em modo normal, mas restringem o acesso num novo modo secreto de "turista"; e o mesmo para as redes sociais. Ridículo, sim, mas esperemos que não se tenha que chegar a esse ponto....
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Para la caminharemos , dar lhes tudo e gozam ainda com nossa cara com nome de segurança!
ResponderEliminarInformaçao é poder e quem detiver melhor informação é so quem terá mais vantagem seja no que for! Para bem e para mal
Não tenho Facebook é verdade. Mas nunca tinha ouvido falar de alguem ter de fornecer credenciais de acesso ao Facebook ou ao telefone para poder entrar num país. Confesso que é mesmo novidade.
ResponderEliminarO maximo que já vi relatado por fontes fidedignas foram casos em que o próprio utilizador partilhou publicamente situações que o colocaram em apuros juntos às autoridades de fronteira, como o caso de um DJ brasileiro que postou no Facebook que iria para a Austrália a passeio, mas já tinha festas agendadas. As autoridades australianas ao vasculharem a rede social verificaram que o profissional iria exercer atividade remunerado sem ter o visto de trabalho e negaram a entrada do DJ na Austrália.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarTambém pesquisei e não encontrei nada sobre queixas no controlo fronteiriço. O que encontrei foi uma notícia sobre uma cidade dos EUA onde tinham pedido, por engano, as credenciais de uma conta do Facebook a um candidato a uma licença de porte de arma - o habitual ê que o candidato seja entrevistado e lhe peçam para mostrar a sua página, suponho que para ver se é violento (mas também deu para perceber que os do lobby das armas estavam contra). O pedido para mostrar a páginas no Facebook já se sabia que acontecia em entrevistas para emprego Isto traz outra questão - se não fará sentido ter uma versão para uso "oficial" mesmo que não seja para mostrar ás autoridades.
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