2017/03/15

Google vai recorrer a avaliadores humanos para detectar resultados "ofensivos"


Não podemos acreditar em tudo o que lemos na internet, e isso aplica-se também aos resultados que o próprio motor de busca da Google nos apresenta. Uma situação que a Google espera minimizar com a ajuda do bom senso humano.

O objectivo da Google de nos dar a informação que pesquisamos é algo (ainda) mais complicado do que poderá parecer à primeira vista; e um dos problemas que tem vindo a tornar-se mais evidente tem origem em sites e páginas que são manifestamente falsas ou promovem perspectivas altamente parciais sobre determinados temas. No entanto, são páginas que de alguma forma conseguiram ficar bem posicionadas nos resultados do Google, e são o primeiro resultado apresentado a quem pesquisar pelos termos respectivos.

Lidar com estes chamados "factos alternativos" não é simples, mas a Google vai recorrer à sua legião de avaliadores humanos, pessoas que a Google considera credíveis o suficiente para avaliarem os resultados das pesquisas feitas no seu motor de busca, para começarem a marcar estes resultados como sendo "preocupantes-ofensivos".

É curioso o desejo da Google de se demarcar de uma designação mais literal (como "fake news"), mas a aplicação desta classificação acaba por ser isso mesmo. Resultados do Google que levem os utilizadores para sites ou páginas que sejam factualmente erradas ou que promovam ódio e violência, deverão ser marcadas com esta nova designação - que eventualmente permitirá à Google afinar o seu algoritmo de modo a detectar e remover tais conteúdos dos resultados (ou pelo menos, despromovê-los das primeiras posições).


... Pode ser que isto signifique que em breve a Google corrija o pedaço de informação com que nos brinda quando se pergunta por quem inventou as escadas, e onde orgulhosamente indica que foram uma invenção de um arquitecto suiço, de 1948! Meninos... não usem este resultado num trabalho de casa para a escola... é que já nem sequer se pode confiar na Google! :)

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