2017/10/28
Microsoft termina produção do Kinect
É o fim de uma era: a Microsoft anunciou o fim da produção do Kinect, acessório que começou por parecer uma peça de ficção científica.
Lançado com a Xbox 360, o Kinect deu à consola da Microsoft a capacidade de reconhecer os jogadores em 3D real e de alta-qualidade, abrindo as portas a todo um conjunto de jogos que até aí tinham que se basear apenas em imagens 2D e com potencialidades bem mais limitadas.
Para além do seu uso com a consola, o Kinect foi também acolhido de braços abertos por inúmeros entusiastas e investigadores que se apressaram a dar-lhe uso para muitas outras aplicações fora do campo dos jogos; já que se tratava de um sistema de câmara 3D com preço bastante mais económico que outros equivalentes.
Embora na Xbox 360 e nos jogos o seu uso continuasse a ficar aquém do que era desejado (os developers tinham que considerar a hipótese dos jogadores não terem um Kinect), a coisa parecia bem encaminhada quando a MS revelou que para a geração seguinte - a Xbox One - o Kinect seria obrigatório e seria incluído com a consola (em versão melhorada). Era aquilo que há muito se aguardava para dar aos developers uma plataforma em que o Kinect pudesse ser considerado como uma peça sempre disponível e não como um acessório... mas o preço elevado, acompanhado pelos melhores resultados da PS4 da Sony acabaram por obrigar a MS a mudar de táctica, voltando a fazer do Kinect uma peça opcional... e com isso selando o seu destino.
Será caricato que o Kinect saia de cena agora, numa altura em que a Apple faz regressar precisamente essa mesma tecnologia no seu iPhone X. Mas, não será o primeiro (nem o último) caso que nos demonstra que por vezes até a melhor tecnologia pode falhar... se chegar ao mercado antes do "momento ideal".
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- Primeiro, era um acessório vendido separadamente da Xbox
ResponderEliminar- Depois passou a ser vendido com a Xbox
- Passou, novamente, a ser vendido separadamente
- Agora, acabou.
A questão sempre foi do preço:
- Se vendido junto com a Xbox, encarecia-a e não vendia o suficiente
- Se vendido separadamente, como diz o post, os developers tinham que partir do princípio que o utilizador não tinha o Kinect, logo, não exploravam as suas potencialidades.
Não parece uma questão de uma tecnologia chegar cedo de mais ao mercado - é mais "preso por ter cão, preso por não ter" :)