2018/02/14

Cuidado com compras na Reebok Crossfit


Os portugueses têm-se convertido às compras online como forma de encontrar os melhores negócios (e ser mais conveniente) mas por vezes a experiência pode tornar-se num verdadeiro pesadelo que pode terminar com o produto a ser destruído pela Alfândega... e ainda terem que pagar o custo dessa destruição.

Um dos nossos leitores partilhou connosco um caso de uma compra de sapatilhas feitas no site Reebok Crossfit Portugal - um site aparentemente nacional e que à primeira vista poderia passar como loja "oficial" da marca (embora um olhar mais atento rapidamente descubra pormenores que aconselhariam cautela, como referirei mais à frente). Com a compra efectuada, a primeira surpresa chegou por o envio afinal ser feito da China, coisa que não tinha sido indicada no momento da compra... mas o pior ainda estava para vir.

Quando chegou a carta da alfândega, descobriu que o motivo da mesma não era o tradicional pedido para comprovar o valor de compra e apresentar factura e comprovativo de pagamento, mas sim por suspeita de violação de propriedade intelectual. Ou seja, tratava-se de material contrafeito.

Após telefonema para os CTT foi recomendado que se pedisse a devolução da encomenda ao remetente, mas apesar disso ter sido feito, a Alfândega já tinha dado seguimento ao processo de destruição do produto sem terem informado o cliente final. Como se isso não bastasse... recebeu posteriormente uma carta enviada por advogados da Reebok a pedirem o pagamento de 50 euros para cobrir custos relacionados com a destruição.

Numa loja nacional, seria simples exigir a devolução do dinheiro e custo acrescido que lhe foi apresentado. Numa loja online que nem sequer responde aos emails enviados, isso será bastante mais complicado - e mesmo que tivesse usado um método de pagamento que facilitasse o reembolso (como o PayPal, por exemplo) isso não evitaria ter que pagar 50 euros extra como os que estão a ser exigidos pela Reebok.


Fica o caso para servir de alerta para esta e outras lojas idênticas. Neste caso, ter uma loja online que tem como única forma de contacto um formulário, que não tem links para a sua presença nas redes sociais, que apresenta páginas em branco nas políticas de devolução e privacidade, deveria ter sido sinal suficiente para se suspeitar da loja.

Quanto à resposta dada pela Reebok, em vez de apresentar a conta a uma pessoa que foi vítima desta loja, talvez fosse mais produtivo canalizar esforços para exigir o seu encerramento, nem que seja por estar a usar a sua marca registada de forma não autorizada e para vender produtos falsificados.

7 comentários:

  1. "Frete grátis de mais de 149€"; "Criança sapatos"...

    Nem era necessário olhar para o link!

    ResponderEliminar
  2. Há cerca de um ano atrás apareceram 3 ou 4lojas Timberland a preços de 25,90€...
    Feedback da loja não havia.
    Abriam o site, mamavam o dinheiro dos patos e de seguida abriam outro dominio.

    ResponderEliminar
  3. Aposto que estavam mesmo baratos....
    O chamado negócio da China...

    ResponderEliminar
  4. Cuidado com o vosso titulo não vá alguém da reebok ver e voces receberem uma intimação por calunias.

    Achei muito estranho a Reebook ter este tipo de procedimento. Mas depois de verificar por mim, reparei que o site ORIGINAL da reebook não é o que está mencionado aqui.

    Não é nada bonito promoveram ou incentivarem ao comercio paralelo, mercado negro ou como lhe queiram chamar com esses sites "duvidosos" de material contrafeito.

    Acho mt bem que o leitor pague isso, aliás até estou admirado de os serviços alfandegarios nao terem encaminhado isto para a ASAE já que isto é crime.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se tivesse lido o artigo antes de disparar este comentário infeliz tinha percebido que o que é dito é que a loja referida NÃO é oficial. O artigo não promove as compras nesta loja, muito pelo contrário, alerta para o facto de não ser uma loja legal.
      Por ultimo, por que raio é que o LEITOR vai pagar por por causa da contrafacção?!?!?! O crime de que fala não é de quem compra mas de quem vende ou produz.

      Eliminar
  5. Exactamente, esse leitor pelos vistos nunca comprou nada online e por isso escreveu na minha modesta opinião uma pequena ou grande aberrancia

    ResponderEliminar
  6. Pessoalmente ainda vejo as coisas a partir de outro prisma. As alfândegas são instituições públicas, certo?

    Então porque é que terão que andar a servir os privados, fazendo de polícia ao serviço dessas grandes corporações?

    A vítima aqui foi o comprador (julgo eu). Se os serviços da alfândega acharam que o material era cópia do original, que tal avisarem a proprietária da marca para proceder à devida queixa junto das autoridades no país de origem e deixar depois o processo respetivo seguir o seu curso?

    A sério... Então a função da alfândega não deveria apenas ser a de defender os direitos do país, cobrando as taxas e impostos correspondentes e deixando o artigo seguir o seu curso até ao comprador?

    Ou estou a ver as coisas de forma muito errada?

    Já agora, também me pergunto se os fabricantes destas "grandes" marcas não conseguiriam baixar os preços exorbitantes que cobram pelos seus artigos "originais" (mas também eles "made in China")?

    ResponderEliminar