2018/03/10
Fusão nuclear poderá gerar energia na próxima década
O sonho da fusão nuclear tem sido perseguido há décadas por cientistas de todo o mundo, mas agora uma equipa do MIT diz que "é desta" e que poderemos ter reactores de fusão a gerar energia para a rede eléctrica num prazo de 15 anos.
Embora actualmente se esteja a apostar (e bem) em energias renováveis como a energia solar e eólica, o grande objectivo que muitos consideram ser essencial para alimentar o futuro da nossa sociedade é a fusão nuclear: o mesmo tipo de reacção nuclear que que alimenta as estrelas e que, ao contrário da energia nuclear a que estamos habituados (fissão nuclear), é completamente limpa e não nos deixa com resíduos radioactivos que terão que ser enterrados durante centenas ou milhares de anos, arriscando-se a contaminar o ambiente.
O problema da fusão nuclear é que as temperaturas envolvidas nestas reacções atingem centenas de milhões de graus, mais quentes do que qualquer material poderia conter, pelo que a solução é manter a reacção longe das paredes físicas do reactor usando potentes campos magnéticos, que também gastam imensa energia. Até ao momento, já tivemos experiências que conseguiram gerar o processo de fusão nuclear, mas com o sistema a gastar mais energia do que produzia. Agora, cientistas do MIT dizem ter conseguido dar o passo final que faltava, com um novo material magnético que permitirá criar campos de contenção mais fortes com menos energia... e permitir que um reactor de fusão consiga finalmente gerar mais energia do que a que consome... o que marcaria a entrada da nossa civilização numa nova era de energia completamente limpa e inesgotável!
Claro que há muitos especialistas que continuam cépticos quanto às ambições de ter um reactor de fusão a funcionar dentro de 15 anos, mas... vamos cruzar os dedos e acreditar que sim; seria daqueles momentos históricos que se poderia recordar com orgulho para o resto da vida!
(Depois só falta miniaturizarem aquilo de forma a que possamos ter micro-reactores de fusão nuclear de tamanho microscópico, para que finalmente se ponha um fim ao problema da autonomia nos nossos smartphones e demais dispositivos móveis! ;)
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Ainda prefiro a ideia de colocar milhões de painéis solares no deserto do Saara e aproveitar uma fração da energia que o Sol todos os dias nos oferece.
ResponderEliminarSim, mas isso não resolve o problema de gerar energia à noite (sem se recorrer a enormes centrais de baterias) nem o de gerar energia em missões interplanetárias para lá de Marte, onde o Sol já fica "curto".
EliminarCriar um Sol que se falta 'a luz', ninguém sabe como conter, ainda não parece grande ideia.
ResponderEliminarNão, porque quando funcionar como deve... enquanto houver "sol", haverá geração de energia para se auto-conter e ainda sobra para utilizarmos. :)
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