Desde Dezembro de 1972, com a missão Apollo 17, que o Homem não voltou a por os pés na Lua, mas isso é algo que a NASA quer mudar antes do final da próxima década.
O regresso à Lua é algo que actualmente intriga muita das novas gerações que se interessam pelo Espaço, por ser um daqueles anacronismos que custa a aceitar: "Então no tempo dos meus pais/avós íamos à Lua, e agora que temos tecnologia imensamente superior, nem sequer saímos da órbita terrestre?" A verdade é que depois da corrida espacial nos ter permitido chegar à Lua em contra-relógio, e no processo desenvolvendo todo um conjunto de tecnologias que afectou toda a sociedade, três anos de exploração na Lua foram suficientes para "marcar a posição". Mas quase meio-século depois, o regresso à Lua é algo que não é visto como um "fim", mas sim um passo intermédio para objectivos muito mais ambiciosos, como as eventuais missões tripuladas a Marte, ou a asteróides, etc.
Para isso teremos um "Gateway" em órbita da Lua, que poderá ser considerado uma réplica um pouco mais modesta da ISS, mas que servirá como "estação de serviço" tanto para missões lunares como para missões para outros planetas do sistema solar.
Segundo os planos (optimistas) da NASA, este Gateway poderá entrar em operação já em 2024, com os astronautas a deixarem as primeiras pegadas deste século na Lua em 2026.
O problema é que embora a NASA esteja a trabalhar neste projecto há muito, não foi ainda construído nenhum dos módulos que serão necessários para criar o Gateway. E bem sabemos que nestas coisas do espaço, entre construir e testar, facilmente se perdem muitos anos, que também com facilidade podem derrapar ao mínimo problema. E tudo isto está também dependente do gigantesco e ultra-dispendioso foguete SLS da NASA, que para o lançamento do Gateway precisará de ser já uma versão melhorada e ainda mais potente (que também ainda não existe).
Bem... por este andar ainda teremos a SpaceX a vender-nos férias em Marte antes da NASA por um pé na Lua... ;P
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