2019/03/10

Nissan vai trazer sistema E-Power para a Europa


A Nissan vai trazer para a Europa o sistema E-Power que contorna o problema da autonomia nos automóveis eléctricos, recorrendo a um motor a combustão como gerador.

A Nissan revelou esta semana que irá lançar o sistema de motorização e-POWER, uma solução de grupo motopropulsor electrificado, na Europa. Esta tecnologia fará a sua estreia nos mercados europeus em 2022, afirmou Roel de Vries, Vice-presidente Executivo da Nissan, no Salão Automóvel Internacional de Genebra.

A Nissan e-POWER tornou-se um sucesso junto dos consumidores no Japão, onde a tecnologia ajudou a tornar o Nissan Note no automóvel matriculado mais vendido no país. Ao combinar o accionamento por motor 100% eléctrico com um motor a gasolina que carrega a bateria, os automóveis com tecnologia e-POWER proporcionam aos clientes uma aceleração instantânea e suave e uma eficiência de combustível excelente.



A introdução da tecnologia na Europa vai reforçar a liderança da Nissan em veículos eléctricos na região, onde o Nissan LEAF já é o automóvel eléctrico mais vendido.

Com base no sucesso do LEAF, a e-POWER vai integrar o conjunto de novas tecnologias que vão ser implementadas nos veículos mais vendidos da Nissan na Europa nos próximos três anos. Até 2022 as vendas de veículos eléctricos Nissan terão quintuplicado e, até final desse ano, representarão para a marca o dobro da média de mercado.

O sistema e-POWER inclui um motor a gasolina com um gerador de potência, um inversor, uma bateria e um motor eléctrico. Utilizado exclusivamente para carregar a bateria, o motor a gasolina funciona sempre à rotação ideal. Isto permite uma eficiência de combustível superior e emissões mais baixas comparativamente a um motor de combustão interna tradicional.

Actualmente, a tecnologia e-POWER está disponível nos modelos Note e Serena no Japão. Mais de 70% das vendas do Note e quase metade das vendas do Serena naquele país são versões e-POWER.

16 comentários:

  1. O BMW i3 já usou este sistema no entanto estes automóveis com gerador incluido não são elegíveis para as ajudas estatais dadas aos automóveis eléctricos.

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    1. Neste caso o mais aproximado será o Opel Ampera.

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  2. Se esta solução fosse inventada por um português eu diria que era o desenrasque prefeito, sim eu vejo isto como uma falta de solução viável, acho só parvo queimar gasolina para recarregar baterias de um carro.

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    1. Não necessariamente, pela vantagem que é referida: um motor de combustão optimizado para funcionar a uma única rotação é mais eficiente que um que tenha que funcionar numa gama variável de rotações.

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    2. Não me refiro à eficiência do "corta relva" que o carro traz para carregar as baterias até pode ser o melhor que existe aliás estou à "espera" da revolução dos sistemas de carregamento das baterias em andamento mas isso são outros 500, o caricato/absurdo é criar um carro que usa energia limpa e depois usar uma fonte de energia poluente para carregar as baterias até porque em muitos países a energia elétrica já é produzida em grande parte apartir de fontes renováveis, é contraditório.

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    3. Mas as coisas não se fazem "de um dia para o outro". Ainda vamos ter (muitas) décadas com veículos a combustão a circular; e a transição para os eléctricos plug-in não será feita instantaneamente. Modelos como este permitirão dar mais um passo nessa direcção para quem não tenha infra-estrutura para carregar um carro eléctrico, ou que necessite de circular sem preocupações de autonomia.

      Não é o ideal (num mundo perfeito todos teriam casas 100% sustentáveis, com telhados de paineis solares, packs de baterias, carro eléctrico, etc.) mas é a a realidade...

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    4. Pois a realidade, e muito já mudou só com a influência da Tesla.

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  3. Completamente de acordo, é um contra senso.

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    1. Não concordo. É um PHEV que recorre a uma tecnologia diferente para o mesmo fim: consumir menos e baixar os niveis de CO2.
      Pode não ser a mais elegante mas se cumpre os objectivos, porque não?

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  4. A dependência dos hidrocarbonetos continua, mesmo mais eficiente é mais do mesmo.

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  5. A grande batalhar será sempre a de conseguir encontrar métodos mais ágeis de transportar a energia para que possa ser usada onde é necessária com o mínimo de esforço possível e o máximo de autonomia possível.

    O primeiro prémio irá para o Hidrogénio quando for economicamente viável a sua extração, quando for seguro o seu armazenamento e fácil o seu transporte.

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    1. O imortal fascínio pelo hidrogénio...

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    2. Não sou detentor da verdade, nem sinto mais ou menos fascínio por esta ou aquela solução.

      Mas raciocinando assim só um pouco, quantas respostas nos surgirão à mente se questionarmos "qual a forma de energia mais abundante e potencialmente transportável de energia que temos ao nosso redor?"

      Se existirem outras possibilidades mais vantajosas que o hidrogénio, estarei cá também para apreciar.

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    3. O problema é que o hidrogénio não existe em estado gasoso na nossa atmosfera. E não contando com alguma tecnologia/técnica revolucionária que possa vir a aparecer, a eficiência de todo o processo de produção a partir da água, armazenamento, transporte e distribuição do hidrogénio será sempre menor do que a utilização directa da energia eléctrica, que já tem redes de distribuição implementadas e que está acessível em quase todo o lado.

      Além disso, tal como grande parte da energia eléctrica é gerada a partir de fontes poluidoras também grande parte do hidrogénio produzido actualmente é obtido a partir de combustíveis fósseis.

      Assim, actualmente penso não existem vantagens económicas ou ambientais no uso de hidrogénio como fonte de energia.

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  6. Hidrogénio? Nunca será solução. Mas, a ser verdade alguns artigos técnicos, o combustível à base de agua salgada poderá ser o futuro.
    Quanto à utilização de um motor de combustão interna para carregar a bateria, é uma solução razoável para o problema de autonomia dos carros elétricos. Por mim, esta seria a única tecnologia que me faria mudar para um carro elétrico.
    Este tipo de solução usa-se há dezenas de anos nos grupos de energia socorrida, bem como nas locomotivas. Neste último caso, e não sendo um expert na matéria, creio que é a única forma de regular a velocidade dos comboios.
    Um motor de combustão a trabalhar no regime de maior eficiência, terá um consumo baixo, menor desgaste e será capaz de assegurar a autonomia necessária para viagens longas. Bem melhor do que demorar 6 horas num Tesla de Lisboa ao Porto...

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    1. Como se consegue ter semelhante certeza sobre o futuro do hidrogénio?

      E se um Tesla garante 400Km de autonomia, porque deverá a viagem de Lisboa ao Porto durar 6 horas?

      Quanto muito, umas 3 horas, não?

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