2019/06/04

TomTom revela relatório de trânsito mundial - Lisboa a cidade mais congestionada da Península Ibérica


A TomTom divulgou o relatório TomTom Traffic Index 2019, que analisa o congestionamento de trânsito em mais de 400 cidades espalhadas pelo mundo, e onde Lisboa volta a ficar no topo do congestionamento na Península Ibérica.

A TomTom divulgou os resultados do TomTom Traffic Index 2019, o relatório anual que analisa o congestionamento de trânsito em 403 cidades de 56 países, em 6 continentes. O estudo diz respeito aos dados de 2018, que este ano estão livremente disponíveis para todos através do website.

De acordo com os resultados deste estudo internacional, Lisboa é, pela terceira vez consecutiva, a cidade mais congestionada da Península Ibérica, acima de grandes cidades espanholas como Madrid ou Barcelona.

De acordo com o estudo, que tem como objectivo identificar problemas associados ao trânsito e analisar as suas causas, Lisboa caiu 15 lugares no ranking, ocupando agora a 77ª posição. Isto significa que os condutores da capital passam em média 32% de tempo adicional presos em filas de trânsito. Esta percentagem, que se manteve estável em relação ao ano anterior, indica que os lisboetas perdem cerca de 42 minutos por dia no trânsito, o que, no final de um ano, representa perto de 160 horas de tempo gasto em deslocações.


O Porto, pelo contrário, viu o seu índice de tráfego aumentar, subido 4 lugares no ranking e ocupando a posição 121. Ainda assim, apresenta um nível abaixo de Lisboa (28%), embora tenha aumentado um ponto percentual face a 2017. Na invicta, os condutores perdem 38 minutos no trânsito, somando um total de cerca 145 horas anuais.

O final do dia (entre as 18h e as 19h) acarreta os principais problemas de congestionamento de trânsito, sobretudo no final da semana, tanto em Lisboa como no Porto. Analisando os níveis de tráfego nas autoestradas, estes situam-se nos 23% em Lisboa e 19% no Porto. Já fora das vias rápidas, o congestionamento aumenta para 33% tanto em Lisboa, como no Porto.


Além das duas principais cidades portuguesas, o TomTom Traffic Index englobou as cidades do Funchal (16%, 336ª posição), Braga (16%, 342ª posição) e Coimbra (14%, 371ª posição). De acordo com o relatório da TomTom, no Funchal e em Braga, os condutores passam uma média de 21 minutos por dia no trânsito, e em Coimbra, 16 minutos. Tal como acontece em Lisboa e no Porto, o período de maior congestionamento é ao final do dia, sobretudo às sextas-feiras.



A nível global, Bombaim lidera o pódio em 2019, com os condutores da cidade indiana a passarem 65% de tempo adicional no trânsito. Segue-se a capital da Colômbia, Bogotá (63%), Lima, no Perú (58%), Nova Deli, também na Índia (58%) e a capital Russa, Moscovo (56%), encerrando o top cinco das cidades mais congestionadas do mundo. Com Moscovo a liderar a lista europeia, Istambul (53%) alcança um sólido segundo lugar com Bucareste (48%), São Petersburgo (47%) e Kiev (46%) a fecharem o top 5 deste ranking indesejado. As cidades de Bruxelas (37%), Londres (37%) e Paris (36) ocupam a 11º, 12º e 13º posição, respectivamente. Já na América do Norte, as cinco cidades mais congestionadas são Cidade do México (52%), Los Angeles (41%), Vancouver (38%), Nova Iorque (36%) e São Francisco (34%).

O congestionamento do tráfego aumentou globalmente durante a última década, e quase 75% das cidades incluídas no relatório do novo TomTom Traffic Index apresentaram níveis de congestionamento superiores ou estáveis entre 2017 e 2018, com apenas 90 cidades a registar reduções significativas.

7 comentários:

  1. Ainda ontem no Prós e Contras da RTP1 o assunto foi sobre trânsito, isto está mesmo mau.

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  2. Sr. Carlos troque aí sff “Colomba” por Colômbia!

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  3. É só ver em hora de ponta os acessos ás pontes...terrível...já está bem na hora de pensarem em construir uma nova...

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Com efeito, o trânsito em Lisboa (e arredores) é típico de uma qualquer cidade de terceiro mundo.

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  6. Não estranho estes resultados tendo em conta a falta de planeamento urbanístico que existe de forma geral no nosso país.
    No Porto, para além de ser uma cidade bastante concentrada, continuam a construir na zona da baixa... em vez de se tentar expandir as fronteiras das cidades, continua-se a dar permissão para aumentar a desordenação urbanística nos centros.
    Isto vem de acordo com a mentalidade portuguesa de querer ter tudo 'à porta'.

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