2019/11/18
Mixhalo quer transformar concertos ao vivo com headphones e smartphones
O futuro dos concertos ao vivo poderá tornar-se numa experiência bastante mais personalizada, onde pessoas com headphones e smartphones nas mãos se poderão tornar na regra e não na excepção.
A ideia de ir para um concerto com headphones sobre as orelhas pode parece estranha, mas é aquilo que a Mixhalo está a promover - e com várias bandas a já se terem rendido à sua tecnologia (ou a ideia não tivesse surgido de Mike Einziger, guitarrista dos Incubus). Em vez de forçar os fãs a suportarem o volume quase sempre excessivo dos concertos ao vivo, e sujeitarem-se a uma qualidade sonora que poderá não ser a ideal devido às condições acústicas da sala ou o sítio em que ficaram, com o Mixhalo poderão ter acesso à máxima qualidade sonora através de uma app instalada nos seus smartphones.
Mais do que isso, a app permite-lhes ainda seleccionar entre múltiplos canais, de modo a que melhor possam ouvir o vocalista, ou guitarrista, ou qualquer outro dos instrumentos ou elementos da banda, a qualquer momento, à sua vontade. No fundo, acaba por dar a todos os fãs a experiência de estarem à frente da mesa de mistura, e serem eles a escolher o que querem ouvir e como o querem ouvir.
Se para alguns fãs poderá parecer sacrilégio fazer tal coisa, há que relembrar que os próprios músicos e artistas já contam, eles próprios, com auriculares para melhor se poderem ouvir durante os concertos. E que há anos que este tipo de "emissão" existe, mas normalmente estando reservada apenas para visitantes "VIP". Com o Mixhalo, a ideia é permitir que a mesma experiência possa chegar a todos.
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Fazer isto num concerto ao vivo sem que haja latência entres o som do palco e o som da app deve ser cá um quebra-cabeças tecnológico...
ResponderEliminarTendo em conta que num estádio o som pode demorar 1s a chegar do palco ao extremo oposto... até podes ficar melhor servido. :)
EliminarBastam 35 metros de distância para que qualquer ser humano consiga detectar uma diferença entre o que vê (o cantor a abrir a boca, o baterista a bater com a baqueta na tarola, etc) e o que ouve. Aos 70/80 metros já pode ser suficiente para "incomodar" os mais sensíveveis, mas nessas distâncias a acuidade visual também já se perde, tornando-se por exemplo impossível perceber os movimentos da boca do vocalista.
EliminarMas eu não me referia a isso. Referia-me ao problema de se conseguir acertar os tempos entre o som que vem do palco (descontando o delay, tudo bem), e o som que chega à app, tendo em cotna que vai funcionar em telemóveis completamente diferentes uns dos outros, com sistemas operativos diferntes, chips de comunicação diferenes, etc. Não deve ser fácil, digo eu!
Sim, eu percebi. Mas o sistema deles faz "broadcast" via WiFi, pelo que funciona mais como uma emissão de rádio, em que ter 1000 pessoas não tornará a ligação 1000x "mais lenta".
EliminarAqui estou com o AJM. Mostrem-me essa coisa a funcionar como prometido em Wi-Fi (presumo que com base em TCP-IP, obviamente) e aí passo a acreditar.
ResponderEliminarPara quem não sabe, esta é também (uma das) guerras que sistemas como o da Sonos passam quando há necessidade de sincronizar o som de uma TV (por exemplo) com os altifalantes ligados seja por cabo TCP-IP, seja por Wi-Fi.
A latência (ainda) é impossível de ignorar.
Ver um baterista a tocar na TV e ouvir o som dessincronizado nos altifalantes é um desprazer.
E no meu caso, tenho apenas 7 altifalantes espalhados pela casa -imagine-se num evento com milhares de pessoas.
Claro que, se me disserem que a coisa funciona como uma simples emissão tipo rádio FM, então estamos falados, mas o texto sugere o uso de aplicações em telemóveis, pelo que presumo que o conceito não andará sequer perto de qualquer tipo ou modo de radiodifusão analógica, certo?
A "novidade" deles deve ser a utilização de multicast em WiFi (não é comum mas é possível). Que permitiria fazer o efeito pretendido, de fazer chegar a emissão a todos os dispositivos em simultâneo).
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