Curiosamente, embora o Snapdragon 865 seja destinado a dispositivos 5G, continua a estar dependente de um modem 5G X55 externo - enquanto que o mais modesto Snapdragon 765 vem com modem 5G integrado, o que praticamente serve para arrumar com a decisão para o segmento da gama média-alta.
Começando pelo 865 fabricado em processo de 7nm da TSMC, temos um chip octa-core com 4x Cortex A77 a 2.42GHz (com um deles a poder chegar aos 2.84GHz) + 4x Cortex A55 a 1.8GHz. Tem suporte para memória LPDDR4x e LPDDR5 (44GB/s!), e é acompanhado por um GPU Adreno 650, DSP Hexagon 698, e ISP Spectra 480; suportando também WiFi 6 e Quickcharge 4.
Em que é que tudo isto se traduz? Este Snapdragon pode suportar câmaras de até 200MP, pode gravar vídeo 8K, 4K a 120fps, e HD a 960fps sem limite de tempo. É também o primeiro chip a poder gravar vídeo HDR directamente em Dolby Vision, o que é uma estreia mundial (a Dolby ainda não tinha certificado nenhum equipamento com essa capacidade). E no lado do ecrã, temos ainda suporte para ecrãs de até 144Hz. Outra novidade curiosa, os drivers do GPU passarão a ser actualizados a partir da Play Store (uma capacidade que o Android implementou há alguns anos, mas que nenhum fabricante tinha tirado partido até ao momento).
O Snapdragon 765 chega com características mais modestas, mantendo a arquitectura octa-core mas com núcleos Kryo 845 Gold e Silver, ficando-se pelo suporte para memórias LPDDR4x mais lentas, e com GPU e co-processadores também mais limitados, como seria de esperar. Em contrapartida, vem com modem 5G integrado, o que será atractivo para os fabricantes, e conta também com processo de fabrico de 7nm.
Não deverá faltar muito para começarmos a ver os primeiros smartphones a apressarem-se a dizer que são "os primeiros" a dar uso ao Snapdragon 865. E depois só resta ver o impacto que todas estas melhorias terão na autonomia em utilização no mundo real.
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