2020/01/05

Câmaras de alta-velocidade HDR replicam olhos biológicos


Investigadores estão a explorar uma nova espécie de câmaras digitais que tentam replicar o funcionamento dos olhos biológicos, obtendo desde já excelentes resultados na captação de vídeos em alta-velocidade, HDR, e com outras vantagens.

Um sensor de imagem tradicional tem um funcionamento bastante simples. O sensor é exposto à luz durante um período de tempo, e de seguida todos os seus pixeis são lidos sequencialmente, captando frame após frame à velocidade pretendida (30fps, 60fps, ou mais). Em contraste, os olhos biológicos não funcionam com "framerates" fixos, em vez disso reagindo a diferenças de luminosidade e contraste de forma contínua... e é isso que estes investigadores replicaram com as suas Event Cameras.

Em vez de captarem frame após frame, estas câmaras também se distinguem por se focarem apenas nas partes em que há alterações de luminosidade, e os resultados que se podem obter com esses dados são impressionantes: permitindo reconstruir vídeos a framerates super-elevados (de cerca de 5000 fps), e também fazer capturas em HDR e facilitando o processo de detectar objectos de interesse e até inferir informação 3D a partir de uma única câmara, com base no movimento detectado.


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