2020/02/14

EUA querem GPS mais seguro


Replicando as preocupações que também têm afectado toda a indústria tecnológica, também o GPS se prepara para começar a dar prioridade à questão da segurança.

Enquanto serviço estratégico, o GPS norte-americano desde sempre contou com a capacidade de fornecer resultados de alta-precisão para algumas aplicações (militares, etc.) e com precisão propositadamente reduzida para o público (uma prática que posteriormente veio a ser abandonada, quando o GPS se começou a popularizar e servir de base a muitos mais serviços). Ainda assim, a sua idade faz com que se torne vulnerável a múltiplos estilos de ataque, e é isso que se pretende evitar.

O GPS pode ser alvo de interferências propositadas que impeçam o seu funcionamento, e - pior ainda - pode ser manipulado de forma relativamente simples, fazendo com que veículos ou dispositivos pensem estar num local onde não estão. Por isso mesmo, os EUA estão a dar início a uma nova fase em que pretendem rever o sistema e reforçar a sua segurança, embora o impacto prático possa estar a muitos anos de distância.

Algumas coisas consistirão em mudanças de hardware (utilização de múltiplas frequências simultâneas, mais difíceis de interferir), outras de software (enviando streams de dados com protocolos de segurança, que permitam detectar se se tratam de dados legítimos ou não). No fundo, acabará por ser algo equivalente à transição do HTTP para o HTTPS na web; e que, infelizmente, no mundo actual, se torna praticamente indispensável.

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