A web actual é um verdadeiro atentado à humanidade, parecendo haver uma competição secreta para implementar o maior número de trackers e de fazer as coisas da forma mais complicada possível, até mesmo para fazer aquilo que seria simples. E não há forma mais simples de o demonstrar do que regressar às origens.
Neste caso, regressar às origens traduz-se por desactivar o javascript no browser usando uma extensão como o NoScript ou o uBlock para desactivar o Javascript (ou usando os site settings no Chrome), e ver de que forma isso afecta os sites. Teoricamente, um site na web deveria funcionar puramente via HTML + CSS, com o JavaScript a ser usado apenas para lhe dar maior interactividade e capacidades avançadas, mas o cenário é bem diferente.
First, right off the bat sites seem to fall into 3 categories:— Sarah Withee (@geekygirlsarah) May 13, 2020
- Blank white screens (45%)
- Sites with some things but most content doesn't load (50%)
- Sites that still mostly work (extremely rare, maybe 4%)
- Sites that fully work (less than 1%)
(2/11)
Hoje em dia temos um grande número de sites que, sem javascript (ou sem cookies), se limitam a apresentar uma página em branco (45%), outros mostram algumas partes da página sem interesse mas não mostram os conteúdos que se queria ler (50%), alguns ainda funcionam parcialmente (4%), e apenas 1% funciona completamente.
Infelizmente estes resultados batem certo com a minha própria experiência, já que nos últimos meses também tenho tentado bloquear os cookies e javascript em todos os sites que puder; e infelizmente são muito poucos os que permitem que se faça isso. Nalguns casos até temos resultados bastante caricatos: como por exemplo, uns que começam por apresentar os conteúdos mas depois incluem HTML no final para o esconder, caso não existam cookies / javascript para o manter visível.
É igualmente ridículo quando chegamos a sites que exigem o uso de Javascript para fazer coisas que poderiam ser feitas puramente em HTML, como formulário de contacto, ou até para fazerem o processamento de clicar num link!
O Javascript é imensamente poderoso e ninguém quer acabar com ele; no entanto, seria bom relembrar que há muitas coisas para as quais não seria preciso usar Javascript, e que um bom teste que deveria ser obrigatório para todos os sites, era bloquear o javascript e os cookies, e ver se permanece minimamente funcional.
Na web actual, desabilitar o javascript é tão ridiculo como dasibilitar o css, não faz qualquer sentido.
ResponderEliminarNão faz sentido, a não ser para demonstrar os abusos referidos...
EliminarAcho que se soubessem a dor de cabeça que é desenvolver uma qualquer aplicação ou site na web fazendo grande parte só com o HTML e CSS, respondendo às altas expectativas e necessidades "básicas" de simplificar a vida ao utilizador não diriam tal disparate. Claro que tudo existe para o bem e para o mal, já se sabe que muitos aproveitam para meter trackers por todo o site e mais alguma coisa, mas falando-se na autenticidade de desenvolver um bom produto e simples, javascript é tão fundamental como o CSS numa página web, muita da interactividade tem de ser com javascript ou a experiência da página desaparece.
ResponderEliminarQuer dizer que para não ter "dor de cabeça", ter que atender "altas expectativas" e necessidades "básicas" (ops, parece que houve um conflito aqui!), o usuário precisa aguentar esse mundo de sites pesados, lentos e com Trackers pra todo lado?
EliminarMe poupe 'autenticidade de desenvolver', menos, bem menos.
A reportagem está certíssima.
Se não tem capacidade de fazer um site bom e simples, então não é um 'autentico desenvolvedor'.
Pois bem, se não sabes interpretar aprende, por alguma razão básicas estava dentro de aspas, para se entender que o que o atual utilizador dá como garantido pode ter extrema complexidade por trás, daí altas expectativas. Porque um simples clique de um botão pode fazer imensa coisa que para o utilizador lhe parece simples.
EliminarSe assim estiver disposto, a notícia está perfeita para si, desative o JS e boa continuação de navegação no que conseguir. Eu sou a favor de JS não a favor de trackers e etc. Já agora lanço o desafio de desenvolver um site bom e simples sem recorrer a JS, e depois diga-me se a experiência de utilizador é boa.
Agora um blog de notícias, que faz uso da internet e da sua página para partilhar conteúdo, queixar-se da quantidade de "tralha" de JS que as páginas têm e eles próprios terem google analytics e etc por trás e o próprio site não funcionar com as coisas básicas como os comentários, é ser um bocado hipócrita.
Alguém parece ter pensado que isto era algum tipo de ataque pessoal, e não percebo porquê. Sim, o JS é essencial para a web moderna que temos. Sim, o JS é indispensável para um sem número de funcionalidades que damos como garantidas. Ninguém põe isso em causa.
EliminarAgora... fazer um site que, sem javascript resulta numa pagina em branco; ou que se dá ao esforço de esconder o conteúdo que até seria visível? Ou que (ab)usa do javascript para coisas completamente desnecessárias? Como é possível justificar tal coisa?
E não sei porque achas hipócrita, faz isso que disseste: desliga o javascript e vem cá ao site, e verás que continuas a ter acesso aos artigos, e a poder navegar sem chatices. Quanto aos comentários, não funcionam, não posso fazer nada quanto a isso, é parte do Blogger que fica fora do meu controlo (tanto quanto o 1MB de JS que injecta nas páginas sem perguntar nada a ninguém - sendo algo que tenho pedido repetidamente que alterem, ao longo dos últimos 10 anos, sem qualquer efeito; mas não sendo por falta de insistência).
Em vez de acusar de hipocrisia, será talvez conveniente reconhecer que há muito *mau uso* do Javascript na web, em vez de vir atacar quem faz essa simples constatação.
Ao menos aqui podes desligar o JS, desligar os cookies, activar o ad-blocker, e ainda conseguires ver o site e ler as notícias. Sendo que o facto de não poderes comentar nessas condições (e não por minha causa) até me parece uma contrapartida bastante razoável. Vê em quantos outros sites da internet podes fazer isso e continuar a ler os conteúdos...
"..e que um bom teste que deveria ser obrigatório para todos os sites, era bloquear o javascript e os cookies, e ver se permanece minimamente funcional" já que relembram, tentem fazê-lo no vosso próprio site e depois comentem alguma coisa se conseguirem, porque sem javascript não funciona a par com mais algumas coisa.
ResponderEliminarE não se esqueçam que é feio cuspir na mão que nos dá comer.
Se tivesse perdido os dois segundos que demorava testar, descobririas que este site continua a funcionar, sem cookies e sem javascript activado. (Algumas coisas ficarão diferentes, por não conseguir fazer melhor com as ferramentas que o blogger dá e obrigar a usar JS, mas não impede que o essencial do site continue funcional e a poderes aceder e ler a artigos). É bem diferente daquilo que se fala no artigo, dos sites ficarem "em branco" nessas condições.
EliminarParabéns pelo artigo ruim, não é para qualquer um, tem que se esforçar. Referência no besteirol...
ResponderEliminarObrigado por teres achado suficientemente meritório do teu contributo em forma de comentário elucidativo, educativo e esclarecedor. O nosso muito obrigado.
Eliminarboas Carlos, os trolls existem em todo o sítio da Internet mas parece que têm um carinho especial por ti. gostei verdadeiramente do artigo. parece é que alguns meia lecas que se consideram mestres da Web e da programação sentiram-se ofendidos com este artigo. um género de ataque pessoal. não deixes que isto te afecte. um abraço e keep up the good work
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSou dev em react.js e os apps são 100% em Javascript isto aumenta muito a performance da página reduz o consumo de banda e o uso de memória do processador além de melhorar o desenvolvimento e a escalabilidade. É trackimg faz quem quer não concordo mais fazem o que poderia ser melhorado e a política dos browser de permitirem o usuário negar o trackimg.
ResponderEliminarlol usar javascript retira sempre performance de uma página
EliminarNão faço a menor ideia de onde você tirou isso, mas visivelmente não de fontes confiáveis. Hoje em dia os navegadores possuem engines tão poderosas que conseguem compilar já tão rápido quanto (as vezes até mais rápido) html e css
EliminarPor muito poderosos e eficiente, duvido que executar código, qualquer que seja, seja mais eficiente do que não o fazer. :)
EliminarJá diz a regra número 1 de optimização: a melhor otimização é não ter código desnecessário para optimizar.
"temos um grande número de sites que, sem javascript (ou sem cookies), se limitam a apresentar uma página em branco (45%), outros mostram algumas partes da página sem interesse mas não mostram os conteúdos que se queria ler (50%)". É a minha experiência também e acho que é feito de propósito para que os utilizadores não desliguem a publicidade, paywalls e trackers de uma forma rápida e simples.
ResponderEliminarO javascript salvou o browser e o html, sem javascript já teria aparecido uma tecnologia alternativa que permitisse correr aplicações na web. Hoje grande parte das páginas são verdadeiras aplicações.
ResponderEliminarJS e cookies+tracking são coisas diferentes, misturar tudo no mesmo artigo, não percebo.
Já existia, chamava-se Flash. :)
EliminarQuantas páginas não havia que eram exclusivamente flash, que também davam página em branco a quem não o usasse? (Ou não pudesse usar, como nos iPhones, muito criticados por não correrem flash, lembram-se?)
Sem dúvida que o html5 + js foi / é uma opção muito melhor. Apenas se está a falar dos “abusos”. Tal como era possível ter sites em flash bem feitos ou mal feitos, o mesmo se aplica ao JS, assim como se aplica ao próprio HTML. Penso que já por cá critiquei um site que tinha algo como 170MB em imagens na página principal! :)
Bem, o em breve o Chrome vai poder bloquear o rastreamento de usuários por meio de cookies, mas vamos por pontos:
ResponderEliminar- Páginas em branco e que não carregam a maioria do conteúdo:
se vc pesquisar um pouco, existem frameworks js (react, angular, vue), que servem para facilitar a vida do desenvolvedor na hora de construir o site, fazendo que o programador só escreva javascript (na maioria das vezes) e então o framework transforme isso em uma página que carrega seu conteúdo dinâmicamente com javascript, na prática, quando vc acessa esses sites, o js vai carregando o conteúdo conforme vc vai avançando na página, e em alguns casos, toda a renderização do site tem que ser feita via javascript, porém, isso não é tão pesado em comparação a um site normal, e isso facilita muito a vida do desenvolvedor, permitindo que ele possa melhorar a página de forma mais rápida.
- Sites que quase funcionam completamente sem javascript:
estes não estão salvos, porque te garanto que a maioria deles é feito em php, que é executado no servidor, funciona assim: toda vez que vc acessa a página, vc pode enviar cookies, ou dados pelo link ao servidor, lá o php pega esses dados, faz o que tiver que fazer e te devolve uma página estática, mas toda vez que vc precisar mudar de página, enviar dados (como fazer login/logout) ou receber dados, vc terá que recarregar a página toda, ao invés de carregar parte dela dinâmicamente
Por acaso alguma pessoa que tenha expertise no assunto (como desenvolvedores web e afins) foi consultada para ver se as queixas deste post fazem sentido?
ResponderEliminarA questão de cookies e de trackers, também concordo que são usados em demasia e até de forma desnecessária. Agora, reclamar do excesso de javascript é o mesmo que reclamar que uma casa tem muitos tijolos. Praticamente qualquer ação na web PRECISA de js.
Eu lhe garanto que 100% dos sites que funcionam totalmente sem javascript (que segundo os tweets, são menos de 1% do total) não fazem ABSOLUTAMENTE NADA, são páginas estáticas com praticamente (ou até literalmente) nenhuma interação com o usuário, apenas apresentam informações, o que pode até ser o suficiente em sites de noticias e de publicidade, mas não é (nem de longe) para o uso cotidiano da internet.
Chega a “expertise” de alguém que trabalhou décadas em web, desde os inícios com as esquisitices do IE, lutando pela adopção dos standards realmente standard, passando por sites em php e flash, promovendo a adoção do html5 em sua alternativa, e tentando ir mantendo os conhecimentos actualizados (node, react, etc)? (Sem contar com o resto de programação, que vai do assembler ao C#) É que se chegar, foi essa a pessoa que escreveu o post.
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