A recuperação de vídeos históricos usando ferramentas de A.I. tem resultados impressionantes, mas a sua popularização está a preocupar historiadores quanto à potencial adulteração dos conteúdos originais.
Nos últimos anos temos assistido ao surgimento de ferramentas verdadeiramente incríveis, capazes de aumentar o framerate de vídeos antigos, ou de remover estragos e dar cor a filmes a preto e branco. Os resultados dão toda uma nova vida aos anacrónicos filmes "antigos", fazendo com que pareçam ter sido gravados com câmaras modernas, e com todo um novo nível de realismo.
É precisamente isso que preocupa alguns historiadores, que relembram que estas ferramentas não foram criadas para ter o rigor histórico em consideração, e que todas as alterações que fazem, e as cores que apresentam, podem na verdade funcionar em sentido oposto, afastando-nos do realismo que seria possível observar na película real, mesmo com o seu framerate mais reduzido. E que o processo de restauro e recuperação das mesmas é algo que deveria continuar a cargo de especialistas.
Podem ter razão, mas parece-me que uma coisa não invalida a outra. Os historiadores poderão muito bem manter o seu trabalho e dedicarem-se à recuperação historicamente rigorosa de filmes antigos; mas isso em nada invalida que qualquer pessoa deva poder usar as ditas ferramentas para "brincar" com vídeos antigos e ver que tal ficariam se fossem vídeos 4K gravados no presente.
... E nem vamos falar da indústria do cinema, que insiste em nos tentar convencer que os 24fps são um grande favor que nos fazem...
Esse do comboio parece algo do futuro e não de 1902!!!
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=AaDDd4Rixi4
EliminarAinda hoje é usado com carruagens mais modernas :)
Ja estavam em 3157
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