2021/03/03

Carros eléctricos "centenas de vezes" menos poluentes que carros a combustão

Um novo estudo demonstra que, mesmo tendo em conta o impacto da produção das baterias, os carros eléctricos são centenas de vezes menos poluente que os veículos a combustão.

Quando se fala de carros eléctricos é inevitável que os apologistas da indústria petrolífera recorram à sua cábula de acusações, que passam por coisas como o "terrível impacto" da mineração do lítio, ou do "apocalipse" que serão as baterias em fim de vida. Pois bem, mesmo tendo isso em conta (não esquecendo que as baterias podem ser reutilizadas e, no final, quase completamente recicladas), os carros eléctricos continuam a ser centenas de vezes menos poluentes que um carro a combustão ao longo do seu ciclo de vida.

A maioria das pessoas não faz sequer ideia do impacto que toda a cadeia de produção, transportes, refinação e distribuição dos combustíveis tem, e que também servirá de resposta a todos os que dizem que seria um "desastre" se o mundo mudasse para os carros eléctricos. É que, só a energia gasta na extracção do petróleo a cada mês seria suficiente para manter recarregados 20 milhões de automóveis eléctricos por mês - e isto sem ter em conta toda a demais energia (só para a refinação, estamos a falar de aquecer 100 milhões de barris de crude a mais de 400ºC, todo e cada dia!) e todo o impacto ambiental que isso tem, a par dos transportes de um lado para o outro.


4 comentários:

  1. Pois, este assunto há anos que nem devia ser tema de discussão, é quase o mesmo que dizer que andar de bicicleta vai poluir o mesmo que andar de mota porque precisas de gastar energia a pedalar e os alimentos que comes usam muita energia para serem produzidos...
    Ao longo dos últimos 100 anos quase tudo o que existia de maquinas foi gradualmente passando a usar energia eléctrica em vez de carvão e petróleo. Só faltava praticamente a industria dos transportes que se mantiveram por muitos anos a usar fontes de energia muito mais poluentes porque assim ganhavam mais com a venda de energia e necessidade de manutenção e peças de desgaste que praticamente não existem nos veículos eléctricos, isto em detrimento do meio ambiente e saúde dos consumidores.

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    1. Não propriamente. A questão do uso de energia de origem fóssil nos transportes tem antes a ver com a densidade energética da mesma, permitindo maior autonomia por Kg de combustível transportado.

      Só agora o rácio permito pelas baterias de iões de lítio começa a fazer frente ao rácio dos combustíveis fósseis, e apenas é viável em transportes terrestres com pouco peso.

      E mesmo assim, ainda estaremos a muitas décadas até que um avião consiga voar da Europa até à Oceania com pelo menos 100 passageiros a bordo apenas com propulsão elétrica baseada em baterias, sejam elas de iões de lítio ou de outra tecnologia inovadora qualquer.

      Nisso, os combustíveis fósseis ainda não têm verdadeira concorrência.

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  2. Fake total. A indústria do lítio é outro cancro igual ou pior que a petrolífera, o argumento da reciclagem é falacioso, o lítio reciclado custa 3 vezes mais que o minerado, razão para ainda não existir uma verdadeira indústria de reciclagem de lítio. Há outros combustíveis além dos petrolífero, bem mais amigos do ambiente. Um automóvel alimentado a biodiesel é centenas de vezes mais amigo do ambiente que um carro eléctrico

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    1. Há um único documento por aí que ajude a suportar esse ponto de vista relativamente ao biodiesel?

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