É normal que as pessoas fiquem curiosas quando vêem coisas fora do normal a acontecer, e foi precisamente isso que aconteceu no passado dia 25. Em vez do habitual rasto deixado por um meteorito a desintegrar-se na atmosfera (as chamadas "estrelas cadentes"), o que se viu foi mais semelhante a uma chuva de fogo a cair dos céus. Só que, como sempre, até esse estranho avistamento tem uma explicação extremamente simples: tratava-se apenas da reentrada e desintegração do segundo estágio de um lançamento Starlink da SpaceX.
A SpaceX tem feito frequentes lançamentos Starlink, e embora o Falcon 9 de lançamento tenha a capacidade para regressar e aterrar suavemente, a parte superior, que transporta os satélites e é responsável por os lançar em órbita, tem como destino a desintegração na atmosfera - como de resto acontece com a maioria dos foguetes e segundos estágios em todos os lançamentos. A diferença é que, normalmente, a SpaceX usa o combustível restante no segundo estágio para fazer uma reentrada semi-controlada que faz com que essa desintegração ocorra sobre o Oceano Pacífico; mas desta vez, devido a falta de combustível ou problemas no motor, isso não aconteceu.Anybody get any footage of that light in the sky over Salem?#meteor #Meteora pic.twitter.com/7QYzN0ZW4U
— Dan Wright (@DanWrig42391786) March 26, 2021
Este segundo estágio esteve em órbita durante cerca de três semanas, caindo progressivamente, até acabar por se desintegrar desta forma espectacular sobre os EUA.
4) But remember it's going 17000 mph, so a 5 hour time uncertainty means an 85,000 mile (53000 km) location uncertainty. That's more that one entire loop around the Earth. That's why we couldn't tell in advance that it would be the Seattle area that would see the reentry.
— Jonathan McDowell (@planet4589) March 26, 2021
Com a quantidade de lançamentos Starlink previstos para este ano (e seguintes), é bem provável que casos como este possam tornar-se bastante mais frequentes.
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