Os conteúdos na web nem sempre duram para sempre, e os sites de notícias acabam por ser um exemplo do cenário actual, revelando a dificuldade de manter o acesso a conteúdos mais antigos.
Uma análise feita aos links referenciados no site do New York Times revela um cenário preocupante, que põe em causa a ideia de que a internet é um local onde tudo fica disponível para sempre. Na verdade, não é bem assim, e temos um aumento progressivo do número de links "mortos" à medida que vamos recuando no tempo.
Recuando até 2018 descobrimos que 6% dos links referenciados deixaram de estar acessíveis; mas se recuarmos ainda mais as coisas pioram substancialmente: em 2008 já se perderam quase metade dos links (43%), e nas notícias de 1998 esse número aumenta para 72%!
Infelizmente, nada na web pode precaver contra este tipo de situações. Um site é responsável pelos links que publica nos seus artigos, mas nada pode fazer quanto ao site de destino desaparecer ou alterar a sua estrtura, fazendo com que esses links deixem de ser válidos ou passem a direccionar para conteúdos potencialmente diferentes - ou até maliciosos, no caso de sites populares que tenham encerrado e ficado sob o controlo de pessoas com outros interesses.
É por isso que projectos como o Wayback Machine - Internet Archive se tornam indispensáveis, tentando manter um registo histórico de como era a web a cada momento, permitindo revisitar conteúdos que de outra forma poderiam ter sido perdidos para o tempo. Mas, por outro lado, com o passar das décadas, acaba por ser necessário educar as pessoas para que muitas das coisas mais antigas na internet vai ficando "fora de prazo" e inacessível.
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