Os smartphones e smartwatches permitem recolher valiosas informações sobre os utilizadores, mas a Apple quer ir ainda mais longe e detectar coisas como sinais de depressão ou problemas cognitivos.
Já estamos habituados a que os smartphones e smartwatches recolham informação directa sobre os utilizadores usando sensores como os acelerómetros, giroscópios, sensores de frequência cardíaca, etc. Mas há muito mais coisas que podem detectar sobre os utilizadores, de forma directa ou indirecta, por exemplo, combinando a velocidade de deslocação com a forma como se segura o smartphone para saber se se está a caminha, andar de bicicleta, ou de carro, ou - como a Apple quer fazer, detectar coisas ainda mais subtis.
Combinando toda uma série de dados, incluindo a forma como se escreve, padrões de sono, tempo médio de leitura no ecrã, forma como se faz scroll, e outros elementos, poderá ser possível detectar sinais de depressão ou problemas cognitivos.
No fundo podemos considerar isso quase como uma variante dos sistemas já utilizados para validar a identidade dos utilizadores em serviços bancários, que num smartphone também podem passar por analisar a forma como o smartphone está a ser segurado, ou a velocidade de introdução do código, para tentar determinar se se trata do utilizador legítimo ou de alguém que tenha forma de aceder completamente diferente, que poderá sinalizar uma potencial tentativa de acesso ilegítimo.
O mais assustador é que muitos destes dados já podem estar a ser recolhidos e analisados há anos, sem qualquer indicação de que isso esteja a ser feito - e contribuindo para as capacidades "adivinhativas" de empresas como a Google, Amazon, e Facebook, para nos irem sugerindo produtos ou serviços. E não me surpreenderia que até pudessem usar o sensor de distância frontal para saber se o utilizador está a aproximar o smartphone do rosto mais do que costumava aproximar há alguns anos, e começar a recomendar uma visita ao oculista ou a compra de óculos.
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