A China quer evitar os monopólios nas plataformas de música digital, e avança com a proibição de contratos de exclusividade.
Os contratos de exclusividade têm sido uma "praga" desde sempre, impedindo um acesso fácil e generalizado a conteúdos, mas que adquire toda uma nova dimensão nesta era de serviços de streaming. São cada vez mais os casos de conteúdos retirados de uma plataforma para serem disponibilizados exclusivamente noutra, e no processo tentando fazer com que os consumidores subscrevam dezenas de serviços idênticos. É também um modelo perfeito para oportunidades de monopólio, pois facilmente a empresa com maior capacidade financeira pode ir pagando por mais exclusivos, ficando com mais conteúdos, atraindo mais clientes, que lhe dão mais dinheiro para conseguir mais exclusivos, e assim se entrando num ciclo vicioso onde a concorrência passa a ser apenas teórica.
Com esta proibição de contratos de exclusividade, a China recomenda que todas as músicas sejam disponibilizadas mediante um valor fixo e percentagem em função do volume, permitindo que todas as plataformas digitais possam ter acesso às mesmas em igualdade de circunstâncias.
Não deixaria de ser interessante ver algo assim aplicado a nível mundial a todos os conteúdos, quer fossem músicas ou filmes, e que evitaria a ridícula situação a que se assiste actualmente, em que todos os produtores de conteúdos querem lançar o seu próprio serviço de streaming e retirar os seus conteúdos das demais plataformas. Mas, talvez seja necessário mais alguns anos de aumento da pirataria, à medida que isto vai fazendo com que os consumidores que até pagavam por um, dois, ou três, serviços de streaming, se sintam novamente motivados a procurar as coisas que querem ver e ouvir nas "fontes alternativas" que usavam antes de aderirem aos serviços de streaming.
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A China a mostrar ao mundo como se faz para evitar o feudalismo dos gigantes digitais.
ResponderEliminarNão fosse a CCP o Gigante do país...
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