2022/08/26

Starlink vai ligar-se aos telemóveis directamente em 2023

A SpaceX e a T-Mobile anunciaram uma parceria que revela a próxima fase da rede Starlink, permitindo ter conectividade global nos telemóveis.

Elon Musk revelou o novo trunfo da próxima geração V2 de satélites Starlink, que começará por ser usado em parceria com a T-Mobile, e que permite fazer a ligação directa aos smartphones para fornecer serviços de mensagens mesmo em áreas sem cobertura por células terrestres.

Os novos satélites Starlink têm antenas de muito maior dimensão e podem comunicar directamente com telemóveis convencionais no solo. No entanto, Musk também esclarece que a capacidade é relativamente reduzida, entre 2 a 4 Mbits por área, o que será adequado para mensagens e alguns telefonemas, mas não para serviços que exijam grandes quantidades de dados.
A T-Mobile diz que esta cobertura via satélite estará incluída nos seus planos mais caros, mas que será um "extra" com valor adicional nos planos mais económicos. E, sem grandes surpresas, esta capacidade também será utilizada para fornecer as ligações aos carros da Tesla, dispensando a necessidade de usar os operadores tradicionais.


As implicações desta nova fase da rede Starlink são imensas, e os operadores ficam numa situação complicada: por um lado, não quererão ficar para trás e sofrer com a falta de rede em zonas sem cobertura terrestre; por outro lado, ao fazerem parceria com a SpaceX, estarão a potencialmente dar mais força a um serviço que, num futuro a longo prazo, poderá torná-los irrelevantes.

Mas, ainda estamos muito longe de ter uma rede satélite que possa competir com uma rede terrestre em termos de largura de banda e baixa latência, pelo que essa "ameaça" não é algo que por agora se torne demasiado preocupante.

2 comentários:

  1. Fico sem perceber como um telemóvel convencional terá sinal da Starlink? Vão operar nos 700Mhz-800Mhz, bandas do 5G/4G de maior alcance (e menos velocidade)?

    Se sim, consegue a Starlink limitar a emissão de frequências a um país? Ou estaremos perante uma nova caixa de pandora relativamente a licenças de telecomunicações?

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    1. Quanto às frequências não sei mas o limitar é relativamente fácil um esim chega para limitar os utilizadores a um determinado país (que em principio dará cobertura no mundo todo)

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