2023/02/10

MEO e as dívidas de um contrato nunca feito

Um cidadão viu-se confrontado com um uma conta elevada da MEO e ameaças de integrar a lista negra dos operadores, por ter dívidas de um suposto contrato que nunca fez.

O caso deu-se com a MEO, mas poderia aplicar-se igualmente à NOS ou Vodafone, e retrato um cenário preocupante que poderá acontecer a qualquer pessoa. Uma pessoa começa a receber contas para pagar, de um contrato de telecomunicações que nunca fez, e que facilmente se podem inflacionar para perto do milhar de euros ou mais. E tudo isto tem origem no facilitismo de abrir novos contratos por via telefónica sem qualquer confirmação real da identidade do suposto cliente.

O caso demonstra as grandes falhas que existem na tentativa de dialogar com estas empresas gigantes, com a postura das mesmas a ser de total antagonismo e oposição a pessoas que, neste caso, são vítimas, em vez de ser a posição devida: de tentar resolver a questão o mais rapidamente possível. Basta referir que da parte da operadora utilizavam a desculpa de que a gravação telefónica efectuada servia como prova do contrato efectuado, mas não disponibilizavam a dita gravação à pessoa que assegurava nunca ter feito qualquer telefonema ou aceite qualquer contrato com a operadora.

Só depois de envolvido um meio de comunicação social, que solicitou esclarecimentos à MEO, é que a empresa subitamente parece ter decidido mudar de postura, e rapidamente concluir que a voz do suposto cliente que se queixava da dívida indevida afinal não era a voz da pessoa que tinha feito o contrato, pondo um ponto final no processo.

Mais assustador será a ANACOM dizer que este tipo de situações não é preocupante porque se trata apenas de uma "centena de casos" por ano. Uma posição que certamente não será partilhada por essas cem pessoas que foram confrontadas com dívidas de contratos falsos feitos em seu nome, e que passarão meses a ser ameaçados e coagidos pelas empresas de telecomunicações.

6 comentários:

  1. Onde anda a polícia judiciária para investigar tudo isso os contribuintes pagam altos salários a PJ para investigar seja o que for. A PJ judiciária devia investigar todas as empresas aliadas ao governo PS e investigar todos os políticos da esquerda e direita se for necessário chega de pagarmos impostos elevados e estarmos a ficar cada vez mais pobres a PJ devia aparecer mais em público como faz a PJ do Brasil, aqui em Portugal ninguém os vê só se vê o chefe quando faz boa acao

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  2. Essa bosta de empresas fazem o que querem porque são elas que dão guarida a estes políticos corruptos e incompetentes, quando acabam os tachos na política é para lá que vão, eu já tive um caso parecido, mas quem tem culpa é a carneirada votante!!!

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  3. Aconteceu-me com a NOS. Apresentei queixa na PSP por usurpação de identidade, enviei ao provedor do cliente por se recusarem a apresentar-me a gravação e o assunto ficou arrumado.

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    1. Tens todo o direito a fazer a queixa e fizeste muito bem em a fazer, mas eles também fizeram bem o trabalho deles em não te apresentar gravação nenhuma. Tu não tens absolutamente nenhum direito, legal ou outro, a essa gravação, principalmente nesse caso em que nem eras tu na gravação. Logo aí se te dessem a gravação estavam eles a abrir as portas a uma muita milionária por causa do GDPR.
      Os únicos que podiam pedir a gravação era a policia e já tinha de ser com apoio de um juiz.

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    2. Oh Camarada,você ao menos lê o que escreve?
      O acesso a informação de um contrato em meu nome é sem restrições. Alias,é uma obrigação da operadora apresentar. O rgpd não interessa quando a pessoa que pede os dados é a suposta titular.
      Qualquer operadora tem 15 dias para apresentar comprovaticos dos contratos efetuados ao titular sem restrições. Informe-se sff

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  4. Pois, o procedimento correto deverá ser o que o sr. Jod indicou, pois por vezes são pessoas que ligam para os operadores para fazer contratos em nome de outra pessoa, usufruindo assim do serviço até o operador cortar por falta de pagamento. Depois ligam para outro operador para instalar novo serviço, e voltam a fazer o mesmo, e a pessoa lesada fica com a divida em seu nome..
    Por vezes a pessoa já nao mora no local da instalação,pois mudou de residência..
    Caso para ser investigado pelas autoridades competentes..

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