Quando se pensava que já seria uma mera formalidade aprovar o fim dos veículos a combustão em 2035, eis que essa data volta a ficar em risco devido à oposição da Alemanha - e antes que se critique a Alemanha, há que relembrar que também Portugal se opunha a essa data.
No caso da Alemanha, a justificação para a oposição deve-se a quererem esclarecimentos sobre como esta medida irá afectar veículos que usem combustíveis sintéticos, uma área em que várias marcas alemãs têm investido, e que o país seguramente quererá ver protegidas (não sendo necessário relembrar o peso que o sector automóvel tem no país).
O objectivo será permitir que combustíveis sintéticos, que sejam neutros a nível das emissões de CO2, possam ser utilizados. Embora isso seja algo que muitos especialistas defendem que apenas deveria ser permitido para sectores específicos onde ainda não existam alternativas 100% eléctricas viáveis, como no caso da aviação ou navegação, e que seria um erro manter essa abordagem nos automóveis, onde existe solução 100% sem emissões que beneficiaria o planeta e, de forma directa, a qualidade do ar nas cidades.
De resto, como já referimos e tem sido demonstrado em diversos países, esta acabará por ser uma decisão que poderá nem precisar desta legislação, sob pressão de ser o próprio mercado e os consumidores a ditarem a transição para os carros eléctricos até mesmo antes da data de 2035.
Actualização: A Alemanha chegou a acordo com a UE e aceitou a meta de 2035.
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