Embora Musk anuncie as intenções de tornar o X na "praça pública" do mundo, o que tem conseguido fazer é extremar posições entre "esquerdas" e "direitas", com acusações mútuas de manipulação de parte a parte.
Tal como tinha ameaçado fazer, Musk avançou com um processo contra a Media Matters, dizendo que manipularam as coisas de forma a mostrar publicidade de empresas junto a conteúdos extremistas. Uma acusação que parece cair imediatamente por terra quando a própria CEO do X veio dizer que de facto assim aconteceu, mas só nas circunstâncias em que a Media Matters recriou (ao seguir contas extremistas e a das empresas em causa - o que de resto era o propósito da demonstração).
O que fica demonstrado, acima de tudo, é que apesar do X dizer que dá ferramentas aos anunciantes para evitar que a sua publicidade seja apresentada junto de conteúdos indesejados, essas ferramentas não estão a funcionar e permitiam que publicidade de empresas como a Apple, IBM, e outros, surgissem junto desse tipo de conteúdos. E a mesma empresa diz que é caricato que, em vez de Musk se focar em resolver esses problemas, se foque em atacar quem está a revelá-los.
Musk também mete os pés pelas mãos ao referir alguns anunciantes que suspenderam a publicidade como tendo sido provocados pelos relatos da Media Matters, quando as próprias empresas já tinham dito que o tinham feito por causa das publicações do próprio Elon Musk - sendo que uma das mais recentes dava como sendo verdade uma teoria da conspiração anti-semita que, nos EUA, esteve na origem de um ataque que vitimou 11 pessoas em 2018 numa sinagoga em Pittsburgh.
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