Antes de mais, importa esclarecer desde já que não se trata de uma solução 100% eléctrica mas sim de um sistema híbrido que combina motor de combustão com baterias e motor eléctrico. De qualquer forma, ter um automóvel que pode percorrer até 2000 km será uma forma de reduzir consideravelmente as visitas aos postos de abastecimento e que, contrariando aquilo que se poderia imaginar, será disponibilizada até nos modelos mais económicos da marca, com preços a começar abaixo dos 13 mil euros.
Não tendo sido ainda revelados detalhes técnicos, a minha suspeita é a de que se trate de uma tecnologia que use o motor de combustão unicamente como gerador para o sistema eléctrico (ao estilo do que alguns modelos já adoptaram há vários anos). Isto permite optimizar o motor para funcionar a uma rotação constante de forma mais eficiente (a BYD diz que esta plataforma se fica por uma média de 2.9l/100km quando tem a bateria vazia) e, por outro lado, evita a complexidade mecânica acrescida de combinar a propulsão do motor a combustão com o motor eléctrico.
Sabendo-se que a transição dos automóveis a combustão para os 100% eléctricos não acontecerá de um dia para o outro, modelos como estes poderão ser o elo que faltava para todos os que frequentemente usam a desculpa da "falta de autonomia" para não optarem por um eléctrico, apesar de 99.9% do tempo apenas percorrerem uma dezena de quilómetros por dia.
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