As novas tarifas, que entram em vigor a 31 de Outubro, variam entre 7,8% e 35,3%, e oficialmente são justificadas como uma forma de combater os subsídios do governo chinês que a UE considera injustos. Enquanto marcas como a BYD e a SAIC enfrentam tarifas mais altas, os carros da Tesla fabricados na China terão um aumento mais leve de apenas 7,8%, após a empresa ter negociado um ajuste com base nos subsídios que recebe.
Apesar da oposição de países como a Alemanha, onde grandes fabricantes como a Mercedes e a BMW fizeram lobby contra as tarifas, a UE votou a favor. Com alguns países a abster-se, a decisão ficou nas mãos da Comissão Europeia, que agora tem o poder de aplicar as tarifas por cinco anos. Estes impostos devem aumentar os preços dos EVs chineses na Europa, mas os especialistas referem que, mesmo com estas taxas, o efeito poderá não afectar significativamente a concorrência das marcas chinesas.
A presença da China no mercado europeu de EVs está a crescer rapidamente, representando 19% das vendas em 2023, com previsões de atingir 25% até ao final do ano. Os fabricantes chineses tornaram-se num grande desafio para a indústria automóvel europeia, com ofertas imbatíveis em termos preço/qualidade no sector dos eléctricos.
Agora será uma questão de aguardar para ver os previsíveis desenvolvimentos, que - tal como os fabricantes alemães temem - podem fazer com que a China aplique taxas retaliatórias nos automóveis europeus (e sendo a China o maior mercado de algumas das mais importantes marcas europeias, seria desastroso), e que alguns dos grandes fabricantes chineses simplesmente montem fábricas "fachada" na UE, onde passem a montar os seus veículos como forma de contornar as taxas.
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